O que aconteceu?
Em 13 de agosto, o governo dos Estados Unidos anunciou a revogação dos vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde do Brasil, e de Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo, devido a alegações de envolvimento com o programa Mais Médicos. Marco Rubio, secretário de Estado, afirmou que o programa representava um “golpe diplomático inconcebível” que facilitou a exportação de trabalho forçado de médicos cubanos.
Por que o Mais Médicos está no centro da controvérsia?
O programa, criado em 2013, trouxe profissionais de medicina para áreas carentes do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a maioria desses profissionais era cubana, fruto de uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Além disso, a participação cubana continuou até 2018, quando o governo Bolsonaro encerrou o envio de médicos do país.
Como a decisão de Trump afeta o Brasil?
- Primeiro, a revogação de vistos demonstra a tensão entre Washington e Brasília.
- Em segundo lugar, cria incertezas para o futuro do programa, que já foi relançado em 2023 com mais de 24 mil médicos.
- No entanto, especialistas afirmam que a maioria dos médicos brasileiros que atuam no Mais Médicos não tem ligação com a prática de trabalho forçado.
Reação do governo brasileiro
O presidente Lula expressou solidariedade aos profissionais afetados, condenando a medida como arbitrária e sem fundamento. Portanto, o Brasil reforça seu compromisso com a autonomia e a soberania na área da saúde.
O que vem a seguir?
O Departamento de Estado dos EUA continuará a investigar outras figuras vinculadas ao programa. Em conclusão, a revogação dos vistos serve como alerta sobre a importância de transparência e responsabilidade nas relações internacionais de saúde.