Mais Médicos: Revogação de Vistos dos EUA e Impactos no Programa de Saúde

Descubra como a revogação de vistos dos EUA afetou o programa Mais Médicos e a saúde pública no Brasil.

Mais Médicos: Contexto e Histórico

O programa Mais Médicos surgiu em 2013 para ampliar o atendimento médico em regiões carentes do Brasil. Assim, ele recrutou médicos cubanos, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde, para preencher vagas no Sistema Único de Saúde.

Primeiramente, o projeto garantiu cobertura às periferias das grandes cidades e aos municípios do interior, priorizando áreas de baixa densidade populacional.



Entretanto, a participação cubana despertou críticas na época, pois muitos profissionais ainda precisavam validar diplomas no Brasil.

Revogação de Vistos dos EUA e a Crítica Internacional

Em 2024, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos de autoridades brasileiras envolvidas no programa, incluindo o secretário do Ministério da Saúde. Mais Médicos tornou-se alvo de acusações de “trabalho forçado” e de violação de sanções contra Cuba.

Além disso, o comunicado dos EUA destacou que os envolvidos “facilitavam a exportação de mão‑de‑obra cubana” e “driblavam as sanções americanas”.



Portanto, o governo brasileiro respondeu com notas de protesto, acusando o Departamento de Estado de interferência política.

Impactos na Saúde Pública

O programa Mais Médicos continua em funcionamento, e suas recentes estatísticas mostram mais de 24 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios. Além disso, os dados revelam que 3.173 profissionais iniciaram atividades em 1.618 localidades em julho de 2025.

No entanto, a revogação de vistos pode afetar a mobilidade de profissionais e a continuidade dos serviços nas áreas mais vulneráveis.

Reações Políticas no Brasil

O presidente Lula emitiu nota de solidariedade aos ministros cujos vistos foram revogados, denunciando a medida como “arbitrária e sem fundamento”.

Em conclusão, a decisão dos EUA coloca em xeque a cooperação internacional em saúde e exige diálogo para garantir o acesso contínuo a serviços médicos essenciais.

Para o futuro, o Brasil precisa fortalecer a capacitação de profissionais locais e buscar alternativas de colaboração que respeitem as normas internacionais de trabalho.