A Rússia lançou um míssil balístico contra a área residencial de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, ferindo ao menos 11 pessoas na noite de domingo (17). Além disso, autoridades locais confirmam que uma menina de 13 anos ficou entre os feridos, segundo o governador da região, Oleh Synehubov.
Reação Imediata e Consequências Humanitárias
O Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia reportou que a onda de choque do impacto quebrou janelas em prédios residenciais próximos e obrigou moradores a evacuarem. Em seguida, equipes médicas atenderam as vítimas nas ruas, enquanto bombeiros inspeccionavam os danos nas estruturas.
Impactos em Outras Regiões
Na mesma noite, um ataque aéreo guiado atingiu a região de Sumy, ferindo uma mulher de 57 anos e danificando mais de uma dúzia de residências, além de um prédio escolar. Portanto, Kharkiv permanece uma das áreas mais vulneráveis aos assaltos russos desde o início do conflito.
Contexto Diplomático no Momento dos Bombardeios
Os bombardeios ocorrem em paralelo a intensos esforços diplomáticos. Em Washington, o presidente Donald Trump recebeu o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, acompanhado por sete líderes europeus, para discutir os rumos da guerra.
Trump afirmou que avançou consideravelmente na conversa com Putin, realizada no Alasca, e reiterou a pressão por um acordo rápido com Moscou. No entanto, Zelensky mantém firme a posição de que não aceitará ceder território, exigindo garantias de segurança internacionais semelhantes ao Artigo 5 da OTAN.
Propostas Ruskas e Expectativas de Contrapartida
Paralelamente, um esboço de proposta russa circulou entre diplomatas ocidentais, pedindo o reconhecimento da anexação da Crimeia e o controle russo sobre grande parte do Donbas, além de bloquear a entrada de Kiev na OTAN. Em troca, Moscou solicitou a retirada de tropas de algumas áreas do norte da Ucrânia e o levantamento parcial das sanções internacionais.
O embaixador russo em Viena, Mikhail Ulyanov, declarou que Moscou aceita garantir a segurança da Ucrânia, porém enfatizou que a Rússia também tem direito igual a receber garantias de segurança. Consequentemente, o equilíbrio entre concessões e garantias permanece delicado.
Em conclusão, as ações de Kharkiv demonstram a urgência de avançar nas negociações de cessar-fogo, enquanto a comunidade internacional observa de perto as propostas e respostas de ambas as partes.