O posicionamento de Moraes diante das sanções americanas
Moraes reafirmou que não pretende recuar em suas decisões sobre o caso do ex‑presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que “não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer”, apesar das sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No dia 18 de agosto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu entrevista ao The Washington Post, onde destacou que a Justiça brasileira seguirá os trâmites tradicionais e que a acusação será recebida, as provas analisadas e quem for condenado será condenado. Portanto, o processo continuará de forma justa e imparcial.
Sanções baseadas na Lei Magnitsky
O governo norte‑americano utilizou a Lei Magnitsky para sancionar Moraes, alegando que ele promovia uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Segundo o Departamento de Estado, todos os bens de Moraes nos EUA ficaram bloqueados, além de proibição de transações com cidadãos e empresas americanas.
Além disso, Moraes ressaltou que tais sanções não alteram o curso da investigação. “É agradável passar por isso? Claro que não é agradável”, disse, mas ressaltou que a defesa da democracia exige resistência.
Julgamento do núcleo golpista no STF
A Primeira Turma do STF marcou o julgamento do núcleo que envolve Bolsonaro, que ocorrerá entre os dias 2 e 12 de setembro. Moraes respondeu ao jornal que o tribunal seguirá o rito processual e que a decisão final será tomada com base nas provas apresentadas.
No entanto, o ministro salientou que as críticas de apoiadores de Bolsonaro são “narrativas falsas” que prejudicam o relacionamento entre Brasil e EUA. Ele acrescentou que a desinformação nas redes sociais contribui para a distorção dos fatos.
Reação internacional e a importância da democracia
Em entrevista, Moraes comparou a fragilidade da democracia brasileira com a experiência americana, que nunca vivenciou um golpe. Ele destacou os anos de ditadura no Brasil e a necessidade de fortalecer a democracia.
Em conclusão, Moraes permanece firme em sua missão de garantir o Estado de Direito, independentemente das pressões externas. O ministro conclui que a investigação continuará enquanto houver necessidade.