O que é o Return to the Land?
Return to the Land é um grupo norte‑americano que se autodenomina um coletivo de famílias com valores tradicionais e ancestralidade continental comum. O objetivo declarado é montar uma cidade onde os residentes reflitam os valores tradicionais dos Estados Unidos. Assim, o grupo pretende criar um ambiente de harmonia econômica e social, enfatizando a busca incessante pela excelência.
Critérios de adesão e exclusividade racial
Para ingressar, os interessados devem preencher um formulário online que inclui verificação de antecedentes criminais e comprovação de herança ancestral. Importante notar que o Return to the Land aceita apenas pessoas brancas. Eric Orwoll, um dos fundadores, justificou a política afirmando que a comunidade “é de livre associação” e que a segregação não constitui desmerecimento de outros grupos.
Reações e questionamentos legais
O movimento gerou controvérsia imediata. Usuários das redes sociais compararam o grupo ao conceito de “sangue e solo” do nazismo, levantando dúvidas sobre a legalidade de uma comunidade baseada em raça. Em resposta, a Return to the Land declarou que não é militante nem envolve violência e que apoia outras comunidades que se organizam por etnia ou religião.
Investigação e contestação
O procurador-geral do Arkansas, Tim Griffin, abriu investigação sobre possíveis violações da Lei de Moradia Justa. A ACLU, por sua vez, argumentou que a segregação residencial, mesmo em formato de clube privado, infringe a legislação federal. Portanto, o grupo enfrenta um cenário jurídico complexo.
Impacto e expansão
Desde outubro de 2023, a Return to the Land já estabeleceu três comunidades na região das Ozarks, ampliando seu território para 60 hectares. Enquanto isso, a comunidade continua crescendo, com novos projetos em andamento. Em conclusão, o movimento reflete uma tendência de busca por comunidades “exclusivas” que desafiam as normas de inclusão e igualdade.
Conclusão
O Return to the Land exemplifica um fenômeno social que combina liberdade de associação com exclusividade racial, gerando debates intensos sobre direitos civis e segregação. A evolução desse movimento continuará a ser acompanhada de perto por autoridades legais e pela sociedade em geral.