Alcatraz dos Jacarés tornou-se o centro de controvérsia mais recente em torno das políticas de imigração dos Estados Unidos. Em 21 de julho, a juíza federal Kathleen Williams determinou que a administração de Donald Trump não pode transferir mais imigrantes para a instalação, citando riscos ambientais e violações de direitos humanos.
Como foi criada a prisão
A estrutura, construída em um antigo aeroporto, foi projetada para abrigar até 5 mil detentos. Alcatraz dos Jacarés emprega tendas e contêineres como celas, e a segurança conta com cerca de 100 agentes da Guarda Nacional.
Localização e risco ambiental
O centro situa‑se no Parque Nacional dos Everglades, próximo ao Big Cypress National Preserve, onde vivem mais de 200 mil jacarés, crocodilos e cobras. Além disso, a proximidade com espécies ameaçadas aumentou a pressão de grupos ambientais que pediram a paralisação da instalação.
Custos e justificativas do governo
O governo federal estimou que a manutenção anual poderia chegar a US$ 450 milhões, enquanto o custo diário por detento seria de US$ 247. Portanto, a proposta de Alcatraz dos Jacarés justifica-se como estratégia de “segurança reforçada”, alegando que a região pantanosa dificulta fugas.
Reação da comunidade e organizações
Organizações como a ACLU e ativistas indígenas contestaram a decisão, afirmando que a prisão em local isolado aumenta o risco de abuso e negligência. No entanto, o presidente Trump minimizou a crítica, declarando que os animais “sobreviverão” e que o modelo deve ser replicado em outros estados.
Impacto futuro e desmantelamento parcial
Com a ordem judicial, partes da instalação já foram desmanteladas, demonstrando que a legislação pode efetivamente conter políticas controversas. Em conclusão, a decisão sobre Alcatraz dos Jacarés destaca a tensão entre controle migratório e preservação ambiental.