Escândalo de Propina na Argentina
Um áudio vazado revelou que a irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, teria participado de um esquema de propina com a indústria farmacêutica. O ex-chefe da Andis, Diego Spagnuolo, denunciou que Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem cobravam até 8% sobre o faturamento das empresas para garantir contratos com o Estado. Além disso, ele afirmou que a comissão de Karina chegava a 4% do valor recebido.
Quem está no centro do esquema?
- Karina Milei: suposta roteirista das propinas e porta‑voz do presidente.
- Eduardo “Lule” Menem: operador principal do plano, com apoio de empresários da Suizo Argentina.
- Diego Spagnuolo: autor do áudio e agora investigado pela Justiça.
No entanto, as investigações ainda não confirmaram a veracidade dos áudios. A Justiça realizou 16 buscas em diferentes locais, apreendendo celulares, máquinas de contar dinheiro e mais de US$ 266 mil em espécie. Portanto, a acusação permanece sob escrutínio jurídico.
Impacto político sobre Milei
O caso pode enfraquecer Milei antes das eleições para a província de Buenos Aires e das eleições legislativas de outubro. Pelo menos três delegados do partido já solicitaram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Em conclusão, um resultado negativo para Karina poderia abalar a imagem de anticorrupção que Milei defende.
Reação do Governo
Milei ainda não se pronunciou diretamente sobre o escândalo, mas seu porta‑voz anunciou a demissão de Spagnuolo e a realização de uma auditoria interna. Além disso, o presidente demonstrou apoio à irmã em sua primeira aparição pública após as denúncias, criticando o Congresso e a imprensa.
Enquanto os processos se desenrolam, a imprensa argentina continua a monitorar cada movimento. Se a investigação confirmar as acusações, Milei enfrentará um desafio sem precedentes em sua campanha.