Uma parada militar em homenagem a Bolsonaro viralizou nas redes sociais, mas o conteúdo é falso. O vídeo, que circula especialmente no Facebook, mostra uma cerimônia militar com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos sendo exibidas em um estádio. No entanto, especialistas confirmaram que o material foi criado com inteligência artificial (IA).
Como é a publicação falsa?
O vídeo foi publicado em 24 de agosto e já ultrapassou 60 mil visualizações. A legenda afirma: “Bolsonaro recebe homenagem militar dos EUA”. No entanto, as cenas apresentadas são inteiramente fictícias. Apesar da aparência realista, a parada militar em homenagem a Bolsonaro não aconteceu, e os Estados Unidos não organizaram qualquer evento do tipo.
Como foi feita a checagem?
Para verificar a veracidade do conteúdo, a equipe do Fato ou Fake utilizou o SynthID Detector, uma ferramenta desenvolvida pelo Google. Esta tecnologia identifica marcas d’água digitais aplicadas em conteúdos gerados por inteligência artificial. O resultado foi conclusivo: tanto o áudio quanto o vídeo foram produzidos artificialmente.
Além disso, não há registros na imprensa nacional ou internacional que confirmem a realização de uma parada militar em homenagem a Bolsonaro. Portanto, a ausência de cobertura oficial reforça a natureza fictícia do conteúdo.
Por que esse tipo de fake news surge?
O vídeo ganhou destaque poucos dias antes do início do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O momento político sensível favorece a disseminação de desinformação. Assim, conteúdos como esse buscam influenciar a opinião pública, gerar comoção ou polarizar ainda mais o debate.
É fundamental que os cidadãos desenvolvam o hábito de checar as informações antes de compartilhar. Ferramentas como o SynthID Detector ajudam nesse processo, especialmente quando o conteúdo envolve IA.
Dicas para identificar vídeos gerados por IA
- Verifique a fonte original do vídeo antes de acreditar ou compartilhar;
- Utilize ferramentas de detecção de deepfake, como o SynthID;
- Busque informações em veículos de comunicação confiáveis;
- Fique atento a detalhes visuais ou sonoros que parecem fora do comum;
- Evite compartilhar conteúdos sensacionalistas sem checagem prévia.
Portanto, a parada militar em homenagem a Bolsonaro é mais um exemplo do uso da inteligência artificial para disseminar desinformação. A responsabilidade de combater esse tipo de conteúdo é de todos nós — usuários, jornalistas e plataformas de mídia.
