Venezuela: tensões crescem com presença de navios dos EUA e ameaça de luta armada de Maduro

A Venezuela enfrenta crescente tensão com envio de navios de guerra dos EUA e ameaça de luta armada de Maduro. Saiba mais sobre a crise política e militar no país.

A Venezuela vive um momento de alta tensão política e militar com o envio de navios de guerra dos Estados Unidos para águas próximas ao litoral venezuelano. O governo de Nicolás Maduro respondeu com ameaças de luta armada, enquanto a oposição afirma manter contato com o governo Trump em busca de uma transição política.

Presença militar dos EUA e reações de Maduro

Os Estados Unidos enviaram pelo menos oito navios de guerra, incluindo um submarino nuclear, para a costa da Venezuela. Além disso, aviões de vigilância P-8 sobrevoaram a região, e cerca de 4.500 militares estão envolvidos na operação. A justificativa oficial é o combate ao narcotráfico, mas o governo Trump também acusa Maduro de liderar um cartel de drogas, classificado como organização terrorista.



Em resposta, Maduro declarou que os EUA têm 1.200 mísseis apontados para o país e prometeu luta armada caso haja qualquer agressão. O presidente venezuelano chamou a operação de “a maior ameaça à América Latina do último século” e afirmou que o povo venezuelano não se curvará.

Ameaças e declarações oficiais

  • Maduro acusou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, de prometer uma mudança de regime em reunião com a oposição.
  • O líder venezuelano alegou, sem apresentar provas, que os EUA discutiram com a oposição a formação de um novo governo com Edmundo González e María Corina Machado.
  • Apesar das acusações, a Casa Branca se recusou a confirmar detalhes da operação, mas reafirmou o compromisso de usar “toda a força” contra o regime de Maduro.

Oposição venezuelana e apoio dos EUA

María Corina Machado, figura central da oposição, está escondida e é alvo de ações penais do governo venezuelano. Mesmo assim, uma fonte próxima a ela afirmou à imprensa que há “contato permanente” com o governo Trump. A oposição afirma que uma transição política já começou e que a liderança legítima do país está fora do alcance do regime.

Além disso, María Corina Machado declarou nas redes sociais que os cidadãos venezuelanos estão prontos para o retorno da democracia e para um “auge econômico e social” sem precedentes. A Venezuela, segundo ela, vive os primeiros sinais de uma nova era.



Contexto histórico da crise

  1. Em 2019, Juan Guaidó se declarou presidente interino com apoio dos EUA, mas Maduro manteve o poder.
  2. As eleições presidenciais de 2024 foram vencidas por Edmundo González, segundo a oposição, mas Maduro permaneceu no cargo e González foi forçado ao exílio na Espanha.
  3. Desde então, o governo intensificou a perseguição aos líderes da oposição, que são acusados de conspiração e instabilidade.

Perspectivas para o futuro

Embora os EUA não tenham confirmado uma invasão iminente, autoridades ouvidas pela imprensa norte-americana não descartam essa possibilidade. Trump teria solicitado um “menu de opções” sobre a Venezuela, o que indica que intervenções futuras ainda estão em análise.

Enquanto isso, o governo venezuelano mobiliza forças armadas e milícias para se preparar contra qualquer tentativa de intervenção externa. A comunidade internacional acompanha a situação com preocupação, temendo que um conflito militar afete toda a região da América Latina.

Em conclusão, a Venezuela enfrenta uma crise sem precedentes, com ameaças reais de conflito armado e uma oposição cada vez mais pressionada. O apoio dos EUA à transição política pode ser decisivo, mas a escalada militar coloca toda a região em alerta.