O desfile militar chinês realizado em Pequim no dia 3 de setembro de 2025 marcou um momento histórico, não apenas por sua magnitude sem precedentes, mas também por sua relevância estratégica. Liderada pelo presidente Xi Jinping, a China utilizou o evento para reafirmar sua ascensão como potência militar global, ao lado de aliados estratégicos como Rússia e Coreia do Norte.
Aliança estratégica em evidência
O desfile militar chinês contou com a presença de figuras-chave da geopolítica mundial, como Vladimir Putin e Kim Jong-un. Além disso, a cerimônia reuniu mais de 20 chefes de Estado, incluindo representantes do BRICS, como o ex-presidente brasileiro Celso Amorim e a ex-mandatária Dilma Rousseff. Portanto, o evento não apenas celebrou o 80º aniversário da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial, mas também consolidou alianças em um momento de crescente polarização global.
Exibição de poder bélico
Em uma demonstração clara de capacidade militar, a China revelou pela primeira vez sua tríade nuclear completa, incluindo os mísseis intercontinentais DF-5C, com alcance de 20.000 km, e o novo DF-61, de longo alcance e mobilidade terrestre. Além disso, o desfile militar chinês exibiu tecnologias de última geração, como mísseis hipersônicos, drones marítimos não tripulados e sistemas de defesa aérea a laser.
- Mísseis intercontinentais DF-5C e DF-61
- Drones marítimos autônomos
- Sistemas de defesa aérea laser
- Tanques e equipamentos modernos de guerra
Essas novidades indicam uma evolução significativa no arsenal chinês. Em consequência, especialistas alertam para o impacto potencial dessas armas nos planos estratégicos dos Estados Unidos e de seus aliados no Leste Asiático.
Reações internacionais
Apesar de elogiar a organização do evento, o presidente norte-americano Donald Trump acusou os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte de tramarem uma “conspiração” contra os EUA. No entanto, Vladimir Putin minimizou o comentário com sarcasmo, afirmando que Trump “tem senso de humor”.
Na Europa, a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, condenou o evento como um “desafio direto à ordem internacional”. Além disso, ela destacou a conexão entre o desfile militar chinês e o apoio chinês à Rússia na guerra na Ucrânia, reforçando a percepção de um bloco antiocidental em formação.
Discurso de Xi Jinping
Durante o discurso principal, Xi Jinping afirmou que a humanidade “está diante da escolha entre paz ou guerra, diálogo ou confronto”. Ele reforçou a narrativa de que a China está “firmemente do lado certo da história”, promovendo um contraponto à hegemonia ocidental, especialmente dos Estados Unidos.
Portanto, o desfile militar chinês não foi apenas uma celebração histórica, mas uma declaração de intenções. Ao exibir seu arsenal e alinhar-se a aliados estratégicos, Pequim sinaliza sua intenção de redesenhar a ordem global à sua imagem.
Conclusão
Em conclusão, o evento reforça a crescente assertividade da China no cenário internacional. Em um contexto de tensões geopolíticas e disputas regionais, o desfile militar chinês serve como um lembrete de que o equilíbrio de poder global está em transformação. Os EUA e seus aliados terão que lidar com essa nova realidade estratégica nos próximos anos.