Os Estados Unidos anunciaram o envio de 10 jatos F-35 para Porto Rico, em uma operação que intensifica a presença militar norte-americana no Caribe. Essa decisão ocorre em meio a crescentes tensões com o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro.
O que são os caças F-35?
O modelo enviado é o F-35A Lightning II, um caça multifuncional de quinta geração utilizado pela Força Aérea dos EUA. Segundo informações oficiais, o F-35 combina furtividade, tecnologia avançada de sensores e consciência situacional sem precedentes.
Além disso, esses aviões possuem capacidade interna e externa de armamento, além de uma velocidade máxima de aproximadamente 1.953 km/h. Com mais de 10 metros de envergadura, os caças F-35 são projetados para coletar, fundir e distribuir informações em tempo real, o que proporciona uma vantagem tática significativa em operações militares.
Motivação por trás do envio
O envio dos F-35 ao Caribe faz parte de uma estratégia mais ampla de combate ao tráfico de drogas na região. O presidente Donald Trump declarou publicamente que os EUA enfrentarão cartéis de narcotráfico que operam em parceria com grupos considerados terroristas, como o Tren de Aragua.
Portanto, os caças F-35 serão usados para realizar operações contra essas organizações criminosas. No entanto, especialistas apontam que o reforço militar também pode ter como objetivo pressionar o governo venezuelano.
Escalação militar recente
- Destróieres de mísseis guiados;
- Grupo anfíbio de Iwo Jima;
- Submarino de propulsão nuclear;
- Aeronaves de reconhecimento P-8;
- Aproximadamente 4.500 fuzileiros navais.
Além disso, o governo norte-americano aumentou a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões. O Departamento de Estado acusa Maduro de liderar o chamado “Cartel dos Sóis”, uma organização ligada ao narcotráfico e ao terrorismo.
Reações e implicações geopolíticas
Após um ataque aéreo norte-americano contra um barco venezuelano suspeito de tráfico de drogas, dois caças venezuelanos sobrevoaram o destróier USS Jason Dunham, em uma ação considerada “altamente provocativa” pelo Departamento de Defesa dos EUA.
Alan McPherson, especialista em relações internacionais, afirma que essa concentração militar remete à “diplomacia das canhoneiras” do século passado. Em sua avaliação, o objetivo não é apenas combater o tráfico, mas intimidar o regime de Maduro.
Em resposta, Maduro mobilizou 4,5 milhões de milicianos e declarou que, em caso de ataque, a Venezuela entraria em “luta armada” e declararia a “república em armas”.
Conclusão
O envio dos F-35 ao Caribe simboliza uma nova fase nas ações dos EUA na região. Embora o foco oficial seja o combate ao narcotráfico, o reforço militar também alimenta a escalada de tensões com a Venezuela. A presença desses jatos de última geração reforça o compromisso dos EUA com a segurança regional — e demonstra força diante de um adversário geopolítico em ascensão.