Um ataque com drones realizado pelo grupo houthi, do Iêmen, atingiu o Aeroporto Internacional Ramon, localizado próximo a Eilat, no sul de Israel. O incidente, ocorrido em um domingo, forçou o fechamento temporário do espaço aéreo e a suspensão imediata de todos os voos.
Detalhes do ataque e resposta israelense
O ataque com drones teve origem no território iemenita, com lançamento coordenado de múltiplos aparelhos. O Exército de Israel confirmou que parte dos drones foi interceptada por sistemas de defesa, mas um deles conseguiu atingir o terminal de passageiros do aeroporto. Além disso, uma pessoa sofreu ferimentos leves devido a estilhaços.
O grupo houthi, apoiado pelo Irã, assumiu a autoria do ataque com drones e divulgou um comunicado ameaçando novas ações contra alvos estratégicos em território israelense, incluindo outros aeroportos e instalações portuárias.
Contexto do conflito
Esse ataque está diretamente ligado à escalada recente entre Israel e os houthis. Aproximadamente duas semanas antes do ataque com drones, Israel realizou um bombardeio em Sanaa, capital do Iêmen controlada pelos rebeldes, matando o primeiro-ministro Ahmed al-Rahawi e membros de seu gabinete. Em resposta, os houthis prometeram retaliar com maior intensidade, especialmente contra embarcações no Mar Vermelho e instalações israelenses.
Além disso, os rebeldes têm intensificado o uso de projéteis, incluindo munições de fragmentação, que são mais difíceis de serem detectadas e interceptadas. Isso aumenta a vulnerabilidade de alvos civis e militares na região.
Impacto no Aeroporto Ramon
Inaugurado em 2019, o Aeroporto Internacional Ramon está localizado a cerca de 19 km da cidade de Eilat. Embora opere voos domésticos e internacionais, ele é consideravelmente menor que o Aeroporto Ben Gurion, principal hub do país. Mesmo assim, o ataque com drones expôs fragilidades na proteção de infraestruturas aéreas menores e mais vulneráveis.
Após o incidente, as autoridades israelenses reforçaram medidas de segurança em todo o sistema aéreo do país. No entanto, o episódio levanta questões importantes sobre a capacidade de defesa contra ameaças não convencionais, como drones de longo alcance.
Consequências e perspectivas
- O fechamento temporário do aeroporto afetou centenas de passageiros e operações comerciais.
- O governo israelense anunciou uma revisão nos protocolos de interceptação de drones lançados a longa distância.
- Analistas apontam que ataques semelhantes podem se repetir, especialmente com o envolvimento crescente do Irã no fornecimento de tecnologia militar aos houthis.
Portanto, o ataque com drones no Aeroporto Ramon não apenas evidenciou uma nova frente de conflito no Oriente Médio, mas também reforçou a urgência de investimentos em defesa aérea e sistemas de monitoramento de ameaças tecnológicas.