O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um contundente último aviso ao Hamas, exigindo a aceitação imediata de um acordo para libertação de reféns em Gaza. Em publicação na plataforma Truth Social, Trump afirmou: “Os israelenses aceitaram meus termos. Agora é hora do Hamas aceitar também. Este é meu último aviso — não haverá outro!”.
O papel dos EUA nas negociações
Além disso, o governo americano tem conduzido negociações indiretas de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Contudo, os esforços permanecem em impasse, com poucas perspectivas de avanço no curto prazo. Trump considera fundamental manter o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no poder para assegurar influência dos EUA na região.
Hamas divulga novo vídeo com reféns
Na última sexta-feira (5), o Hamas divulgou um vídeo mostrando dois reféns israelenses: Guy Gilboa-Dalal e Alon Ohel, que estão em cativeiro há mais de 700 dias. As imagens, datadas de 28 de agosto, mostram os homens em condições precárias. A família de Alon Ohel não autorizou a divulgação do vídeo, mas revelou que ele perdeu a visão em um dos olhos.
Guy afirmou que outros oito reféns estariam escondidos na cidade de Gaza. Ele expressou medo pela própria vida diante da ofensiva israelense, o que reacendeu a preocupação internacional com a segurança dos sequestrados.
Pressão internacional e reações no Oriente Médio
Além disso, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, condenou o terror psicológico do Hamas e defendeu a ocupação total da Faixa de Gaza. Enquanto isso, famílias dos reféns e ativistas realizaram protestos em Tel Aviv, pedindo intervenção direta de Trump e clamando pelo fim da guerra.
Israel já controla cerca de 40% da cidade de Gaza e avançou em direção ao centro da região para desmantelar túneis do Hamas e localizar arsenais de armas. Um edifício foi destruído por bombardeio após moradores receberem avisos para deixarem o local. Segundo o exército israelense, o prédio abrigava um centro de comando do grupo terrorista.
Sanções dos EUA à Autoridade Palestina
Por outro lado, o governo Trump também intensificou pressões sobre a Autoridade Palestina. No fim de agosto, os Estados Unidos revogaram os vistos de entrada do país de membros da Autoridade Palestina e da OLP, incluindo o presidente Mahmoud Abbas, que está programado para discursar na Assembleia Geral da ONU em setembro.
Os EUA acusam a Autoridade Palestina e a OLP de apoiarem o terrorismo e por minarem as chances de uma solução pacífica no Oriente Médio. A medida demonstra o alinhamento estratégico de Trump com Israel e reforça sua postura firme contra grupos considerados hostis.
Em conclusão, o Trump avisa Hamas não apenas como pressão imediata, mas como parte de uma estratégia mais ampla para reafirmar o domínio dos EUA no cenário geopolítico do Oriente Médio.