O Exército israelense anunciou oficialmente uma operação militar de grande força na Cidade de Gaza, o maior centro urbano da Faixa de Gaza, como parte de sua campanha contra o grupo terrorista Hamas. Em comunicados divulgados na terça-feira (9), as autoridades israelenses ordenaram a evacuação imediata da população local, intensificando os bombardeios e lançando panfletos com avisos de segurança.
Israel intensifica operações na Cidade de Gaza
Além disso, o porta-voz do Exército israelense em língua árabe, Avichay Adraee, emitiu um alerta claro: “A todos os habitantes da Cidade de Gaza… as forças de defesa estão determinadas a derrotar o Hamas e atuarão na área com maior contundência.” O comunicado instrui os moradores a deixarem imediatamente a região pelo eixo Al Rashid.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou a ordem, afirmando que os moradores devem “sair agora”. Portanto, o Exército israelense já controla cerca de 40% da cidade e prepara uma expansão significativa das operações terrestres, como parte de uma estratégia para neutralizar o Hamas e libertar os reféns.
Destruição de arranha-céus e protestos locais
Israel justificou a destruição de diversos prédios de grande altura como forma de combate às infraestruturas que, segundo o país, são utilizadas pelo Hamas para operações militares. Na segunda-feira (8), mais um edifício foi derrubado — a Torre Al Ruya — em meio a intensos bombardeios.
No entanto, a população local resiste à ordem de evacuação. Muitos palestinos relatam viver sob constante ameaça e afirmam que os ataques estão causando destruição irreparável. “Não ouvimos nada além de bombardeios e ambulâncias levando mártires”, declarou Laila Saqr, uma moradora de 40 anos.
Reações internacionais e críticas ao deslocamento forçado
Apesar das ordens de evacuação, a Cidade de Gaza permanece sob forte pressão militar. O Hamas condenou as ações de Israel como um “ato explícito de deslocamento forçado” e acusou o governo israelense de violar leis e convenções internacionais.
Organizações humanitárias e diversos países ocidentais também têm feito apelos urgentes para que a ofensiva seja interrompida. No entanto, Israel insiste que a operação é necessária para garantir a segurança de seu povo e evitar novos ataques terroristas.
- O Hamas atacou Israel em 7 de outubro de 2023, resultando em 1.219 mortos.
- Mais de 250 israelenses foram sequestrados, sendo que 47 ainda estão em território palestino.
- A ofensiva israelense já causou mais de 64.500 mortes em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local.
Panfletos e advertências aéreas
Fotógrafos da AFP registraram a distribuição de centenas de panfletos lançados por aviões israelenses, alertando os moradores da Cidade de Gaza sobre os riscos iminentes. Os avisos instruíam a população a se dirigir ao sul da faixa em busca de segurança.
Além disso, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que a cidade será “arrasada” e prometeu uma “tempestade de furacão” sobre a região, reforçando a determinação do governo em destruir qualquer infraestrutura utilizada pelo Hamas.
Conclusão
Portanto, a situação na Cidade de Gaza permanece crítica. Enquanto Israel avança com sua operação militar e intensifica os bombardeios, a população civil enfrenta uma crise humanitária sem precedentes. Em conclusão, a comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar dos acontecimentos, mas até agora, nenhum cessar-fogo foi alcançado, mesmo com iniciativas dos Estados Unidos.