Liberdade de expressão: Trump defende uso de meios militares em resposta ao caso Bolsonaro

Entenda a declaração da Casa Branca sobre o uso de meios militares para proteger a liberdade de expressão, em resposta ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A liberdade de expressão voltou ao centro das atenções no cenário internacional após declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em 9 de setembro de 2025. Em uma entrevista coletiva, ela afirmou que o governo de Donald Trump não hesitaria em utilizar meios econômicos ou militares para proteger esse direito fundamental ao redor do mundo.

Declaração da Casa Branca gera repercussão global

As declarações surgiram em resposta a uma pergunta sobre possíveis ações dos Estados Unidos caso o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro seja condenado por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado. O repórter Michael Shellemberger, do site Public News, questionou se o governo americano consideraria medidas adicionais diante da situação.



Karoline Leavitt respondeu com firmeza: “O presidente Trump não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.” Além disso, ela reforçou que esse valor é a questão mais importante dos nossos tempos, segundo a administração norte-americana.

Contexto do caso Bolsonaro

O comentário da porta-voz ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votar pela condenação de Bolsonaro e outros sete réus acusados de integrar um núcleo crucial de uma organização criminosa com o objetivo de manter o ex-presidente no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os réus incluem figuras de destaque das Forças Armadas e do governo anterior, como:



  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)

No entanto, Leavitt esclareceu que, no momento, não há nenhuma ação adicional planejada contra o governo brasileiro. A Embaixada dos EUA no Brasil reproduziu oficialmente a declaração da porta-voz em suas redes sociais.

Possíveis penas somam até 43 anos de prisão

Os acusados respondem por cinco tipos de crimes, cujas penas variam entre seis meses e 12 anos de reclusão, podendo se acumular em até 43 anos caso sejam condenados pela pena máxima em cada item:

  1. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito – de 4 a 8 anos
  2. Tentativa de golpe de Estado – de 4 a 12 anos
  3. Participação em organização criminosa armada – de 3 a 8 anos (podendo chegar a 17 com agravantes)
  4. Dano qualificado – de 6 meses a 3 anos
  5. Deterioração de patrimônio tombado – de 1 a 3 anos

Portanto, embora a declaração da Casa Branca tenha gerado grande repercussão, as ações concretas ainda não estão confirmadas. No entanto, o posicionamento reforça a ênfase do governo Trump na liberdade de expressão como um pilar essencial da política externa norte-americana.

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