Os protestos na França tomaram conta das ruas do país nesta quarta-feira (10), um dia após a nomeação de Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro. A população reagiu com greves, bloqueios e atos de desobediência civil contra a escolha feita pelo presidente Emmanuel Macron.
Situação política instável
Lecornu, ex-ministro da Defesa, assumiu o cargo de forma emergencial após a saída de seu antecessor, que foi derrubado por uma moção de desconfiança no Parlamento. Essa nomeação surpreendeu muitos setores políticos, especialmente os partidos de centro-esquerda e esquerda, cuja coalizão venceu as últimas eleições legislativas, embora sem maioria absoluta.
Além disso, o novo primeiro-ministro enfrenta um desafio imediato: aprovar o orçamento governamental até o início de outubro. O projeto já havia sido rejeitado anteriormente pelo Parlamento, o que aumenta a pressão sobre o Executivo.
Movimento popular cresce nas redes
O movimento chamado “Vamos bloquear tudo” (Bloquons Tout) foi convocado principalmente por meio das redes sociais. Manifestantes bloquearam estradas, pontes e centros urbanos em Paris e outras grandes cidades francesas. Portanto, o impacto econômico e social foi imediato, com interrupções no transporte público e paralisações em diversos setores.
Para conter a onda de protestos, o governo mobilizou cerca de 80 mil policiais. No entanto, houve confrontos com a população em várias regiões. Manifestantes atearam fogo em ônibus, lixeiras e barracas improvisadas, principalmente nos arredores de Paris e em Toulouse.
Reações nas ruas
- Pessoas bloquearam vias expressas em frente a hospitais e escolas.
- Estudantes e trabalhadores participaram ativamente dos atos.
- Slogans como “10/09 comam os ricos” ecoaram pelas ruas parisienses.
Em conclusão, os protestos na França revelam uma profunda insatisfação popular com a nomeação de Lecornu e com a forma como o poder executivo tem conduzido a crise política. O novo premier assume em meio a um cenário de tensão social e desafios institucionais.