A saturação de oxigênio em altitude apresenta valores significativamente reduzidos em comparação com os níveis ao nível do mar, o que pode impactar diretamente a saúde de indivíduos não aclimatizados. Em cidades como El Alto, na Bolívia, onde o Brasil realizou um jogo importante, os índices de oxigênio no sangue variam entre 83% e 88%, valores considerados críticos em ambientes hospitalares.
O que é saturação de oxigênio?
A saturação de oxigênio, também conhecida como SpO2, indica a porcentagem de hemoglobina no sangue que está carregada de oxigênio. Níveis normais variam entre 95% e 100%. Portanto, quando esse valor cai abaixo de 90%, os médicos já consideram o caso como de risco, especialmente em ambientes clínicos.
Como a altitude interfere na saturação de oxigênio?
Em grandes altitudes, como em El Alto — que se situa a cerca de 4.000 metros acima do nível do mar —, a pressão atmosférica é menor. Consequentemente, a quantidade de oxigênio disponível para a respiração também é reduzida. Isso força o organismo a trabalhar mais para oxigenar os tecidos. Assim, a saturação de oxigênio em altitude tende a cair naturalmente, mesmo em pessoas saudáveis.
Além disso, atletas e viajantes que não estão acostumados com tais condições podem desenvolver sintomas de mal altitude, como fadiga, tontura e falta de ar. Portanto, é essencial monitorar os níveis de SpO2 em situações como competições esportivas ou viagens a regiões de grande elevação.
Saturação de oxigênio em altitude: quando buscar ajuda médica?
- Quando a saturação estiver abaixo de 85%;
- Em presença de sintomas como dor de cabeça intensa, náuseas ou dificuldade respiratória;
- Durante esforço físico intenso sem aclimatação prévia.
Em conclusão, compreender os efeitos da saturação de oxigênio em altitude é fundamental para prevenir complicações de saúde. Especialmente em locais como El Alto, onde os índices caem para níveis que seriam alarmantes em UTIs, a atenção médica e o monitoramento constante se tornam indispensáveis.
