Charlie Kirk: ativista conservador e aliado de Trump morto nos EUA

Conheça a trajetória de Charlie Kirk, ativista conservador e aliado de Trump, morto em tiroteio nos EUA. Entenda sua influência na política americana.

Charlie Kirk, figura central do conservadorismo jovem nos Estados Unidos e aliado próximo do ex-presidente Donald Trump, foi baleado e morto durante um evento na Universidade Utah Valley, em 10 de setembro de 2025. A informação foi confirmada pelo próprio Trump em suas redes sociais, gerando comoção entre seus apoiadores e repercussão internacional.

Quem foi Charlie Kirk?

Com apenas 31 anos, Charlie Kirk era um dos maiores divulgadores do movimento conservador americano entre os jovens. Ele fundou a Turning Point USA em 2012, organização que atua em dezenas de escolas e universidades com o objetivo de promover ideais de livre mercado, valores cristãos e o movimento Make America Great Again (MAGA).



Formação e início da carreira

Aos 18 anos, após ser rejeitado pela prestigiosa Academia Militar de West Point, Kirk decidiu não seguir para a universidade e dedicou-se integralmente à fundação da Turning Point USA. Inspirado por figuras como Rush Limbaugh, ele começou a construir uma plataforma que hoje alcança milhões de jovens estudantes por todo o país.

Influência política e aliança com Trump

Em 2016, a Turning Point apoiou publicamente a candidatura de Donald Trump. Charlie Kirk tornou-se assessor pessoal de Donald Trump Jr. e passou a frequentar a Casa Branca após a vitória republicana. Além disso, foi um dos principais responsáveis pela mobilização do voto jovem em apoio ao então presidente.

Durante a pandemia, seu perfil no Twitter foi banido por disseminar informações falsas sobre a Covid-19. Em 2020, Kirk questionou os resultados eleitorais que deram vitória a Joe Biden, e apoiou a marcha que culminou com a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.



Polêmicas e declarações impactantes

Em 2023, segundo a revista Newsweek, Charlie Kirk afirmou que “valia a pena arcar com o custo de algumas mortes” para manter o direito ao porte de armas nos EUA — declaração feita logo após um tiroteio em escola que vitimou seis pessoas, incluindo crianças. Ele também incentivava pais e estudantes a denunciarem professores que, segundo sua visão, promoviam o “marxismo cultural” e a “ideologia de gênero”.

Legado e influência na política americana

Recentemente, Charlie Kirk teve papel importante na escolha de J.D. Vance como vice-presidente na chapa de Trump nas eleições de 2024. Após a vitória contra Kamala Harris, o presidente eleito creditou ao ativista o aumento significativo de votos entre os jovens, dizendo: “Tirando os hispânicos, essa foi provavelmente a nossa maior mudança. Então, Charlie, eu aprecio o que você fez” — segundo o New York Times.

Alcance midiático

  • Programa de rádio: “The Charlie Kirk Show”, transmitido nacionalmente
  • Podcast: Um dos mais ouvidos dos Estados Unidos
  • Redes sociais: Mais de 14 milhões de seguidores no total

O carisma de Charlie Kirk e sua habilidade para criar conexões ajudaram a Turning Point a crescer exponencialmente. As receitas da organização saltaram de US$ 4,3 milhões em 2016 para US$ 92,4 milhões em 2023, quase totalmente financiadas por doações.

Considerações finais

A morte de Charlie Kirk marca o fim de uma era na política conservadora americana. Sua influência sobre a juventude, aliada à proximidade com Donald Trump, o consolidava como uma das figuras mais poderosas da direita jovem dos Estados Unidos. A perda é lamentada por apoiadores e analisados como um momento de transição no movimento MAGA.