O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) emitiu uma nota oficial reafirmando a independência do Judiciário brasileiro após a condenação de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação do governo brasileiro veio em resposta às declarações do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, que classificou o julgamento como uma “caça às bruxas”.
A condenação de Bolsonaro e os crimes apurados
A Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por diversos crimes graves, entre eles:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano qualificado;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Além de Bolsonaro, outros sete réus envolvidos na mesma ação penal foram condenados, com penas que variam entre 18 anos e 8 meses e 26 anos de prisão. O julgamento contou com ampla defesa dos acusados, respeitando os princípios do devido processo legal.
Itamaraty reafirma autonomia do Judiciário
Em nota divulgada nas redes sociais, o Itamaraty destacou que o julgamento foi conduzido “com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988”. O Ministério ressaltou ainda que o processo representou uma resposta das instituições democráticas brasileiras ao golpismo.
Portanto, qualquer tentativa de deslegitimar a decisão judicial, especialmente quando baseada em críticas externas, é vista como uma ameaça à soberania nacional. “Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”, declarou o ministério.
Reações internacionais à condenação de Bolsonaro
Além de Marco Rubio, o ex-presidente Donald Trump também se manifestou. Em entrevista à imprensa, Trump afirmou estar “surpreso” e “muito insatisfeito” com o resultado do julgamento, chamando-o de “terrível”.
No entanto, o governo brasileiro reforça que continuará a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, independentemente de sua origem. Em conclusão, a condenação de Bolsonaro não apenas reafirma o Estado de Direito, como também demonstra a maturidade das instituições brasileiras diante de pressões externas.