Os protestos no Nepal intensificaram-se nas últimas semanas, resultando em um trágico balanço de 51 mortos, segundo informações divulgadas pelo porta-voz da polícia local. O número inclui manifestantes, policiais, prisioneiros e civis comuns. Além disso, centenas de feridos foram registrados desde o início dos confrontos na capital, Catmandu.
Causas dos protestos no Nepal
Os protestos no Nepal começaram na segunda-feira (8 de setembro), após o governo anunciar o bloqueio de plataformas como Facebook, Instagram, YouTube e X. O movimento gerou indignação popular e motivou o slogan “Bloqueiem a corrupção, não as redes sociais”.
Além disso, a população acusa o governo de corrupção generalizada e de não tomar medidas efetivas para resolver a crise econômica que assola o país. Portanto, a frustração popular, especialmente entre os jovens, explodiu nas ruas.
Atos violentos e queima de propriedades
Durante os protestos no Nepal, manifestantes atacaram e atearam fogo em propriedades de autoridades. Entre as vítimas, está a ministra das Relações Exteriores, Arzu Rana Deuba, e seu marido, ex-primeiro-ministro Sher Bahadar Deuba, que foram brutalmente agredidos em suas residências.
- Casas de ex-primeiros-ministros também foram alvos;
- Parlamento invadido e incendiado;
- Aeroportos danificados, inclusive o principal de Kathmandu;
- Hoteis como Hilton e Varnabas tiveram instalações destruídas.
Reações do governo e medidas de segurança
Diante do caos, o primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou ao cargo em meio à pressão popular. No entanto, a medida não foi suficiente para conter a revolta. O Exército do Nepal assumiu o controle da ordem pública a partir das 22h do horário local.
Além disso, um toque de recolher foi imposto em áreas estratégicas da capital. O Ministério da Saúde convocou a população para doação de sangue, enquanto autoridades pedem o fim imediato de saques e incêndios criminosos.
Situação política e econômica do país
O Nepal enfrenta sua pior crise desde o fim da monarquia em 2008. A instabilidade política e econômica afeta especialmente os jovens, que enfrentam altas taxas de desemprego. Milhões de nepaleses emigraram para o Oriente Médio e outros países em busca de trabalho.
Em conclusão, os protestos no Nepal representam uma resposta popular à crescente insatisfação com a corrupção, a censura e a falta de oportunidades. A crise ainda está em desenvolvimento, e o país aguarda a nomeação de um novo líder que possa conduzir uma transição democrática estável.
