Em uma solenidade marcada para o dia 8 de outubro em São Paulo, o governo brasileiro realizará um ato simbólico, porém essencial para a memória histórica do país. O evento tem como objetivo corrigir os registros de morte de mais de 100 vítimas da ditadura militar, entre elas o deputado Rubens Paiva.
O que aconteceu com Rubens Paiva?
Rubens Paiva, deputado federal pelo Rio de Janeiro, foi um dos opositores mais ferrenhos do regime militar. Em janeiro de 1971, ele foi preso, torturado e teve seu paradeiro ocultado pelo regime. Até hoje, seu corpo não foi encontrado. Por décadas, o Estado brasileiro registrou sua morte como “fugitivo” ou “desaparecido”, o que negava a verdade sobre sua execução.
Correção dos registros históricos
A solenidade em São Paulo, portanto, visa sanar essas distorções históricas. Além de Rubens Paiva, outros 101 brasileiros que morreram sob tortura ou desapareceram durante a ditadura terão suas certidões de óbito corrigidas. Isso é um passo fundamental para que suas famílias possam, enfim, ter acesso à verdade e à justiça.
Essas correções não apenas reconhecem oficialmente os abusos cometidos, mas também reafirmam o compromisso do Estado com os direitos humanos. A iniciativa envolve colaboração entre o Ministério da Justiça, a Comissão Nacional da Verdade e organizações de direitos humanos.
Por que essa correção é importante?
- Reconhecimento das violações: As certidões corrigidas reconhecem oficialmente os crimes cometidos pelo regime.
- Memória histórica: Preservam a memória das vítimas e evitam que a história seja esquecida.
- Justiça às famílias: Permitem que os familiares de vítimas como Rubens Paiva possam buscar reparação e dignidade.
Portanto, a correção das certidões de óbito é uma ação de reparação histórica. Ela contribui para que o Brasil enfrente seu passado autoritário com responsabilidade. Em conclusão, esse é um ato necessário para construir uma sociedade mais justa e transparente.