O corpo de pianista brasileiro desaparecido há quase cinco décadas finalmente foi identificado. Francisco Tenório Cerqueira Júnior, conhecido carinhosamente como Tenorinho, desapareceu em Buenos Aires em março de 1976, vésperas do golpe militar na Argentina. Agora, graças a um exame de impressões digitais, a embaixada do Brasil em Buenos Aires confirmou oficialmente a identificação de seus restos mortais.
O desaparecimento de Tenorinho
No dia 18 de março de 1976, Tenorinho estava em turnê pela Argentina e Uruguai ao lado de grandes nomes como Vinicius de Moraes, Toquinho, Mutinho e Azeitona. Após uma apresentação no prestigiado Teatro Coliseo de Buenos Aires, o pianista saiu do Hotel Normandie para comprar cigarros e jamais retornou. Portanto, o caso chamou atenção nacional e internacional devido às circunstâncias políticas e históricas do momento.
Justiça argentina revela a verdade
Além disso, a identificação só foi possível graças ao trabalho incansável da Justiça argentina, que investigou os desaparecidos durante o regime ditatorial. Um corpo encontrado em Don Torquato, dois dias após o sumiço de Tenorinho, suscitou suspeitas. No entanto, apenas recentemente os exames de impressões digitais permitiram a confirmação oficial da identidade.
- A identificação ocorreu em 2025, quase 50 anos após o desaparecimento;
- O corpo foi encontrado em 20 de março de 1976;
- O caso faz parte de uma ampla investigação sobre violações de direitos humanos na Argentina;
- A embaixada do Brasil agradeceu instituições argentinas pelo apoio.
Repercussão e homenagens
Em decorrência da descoberta, familiares e artistas brasileiros reagiram emocionados. O músico Toquinho, parceiro de Tenorinho, destacou a importância da identificação não apenas como um fechamento pessoal, mas como um marco na busca por Memória, Verdade e Justiça.
“Foi uma dor que ficou guardada por muito tempo. Saber o que aconteceu com ele é um alívio e uma homenagem à sua memória”, declarou Toquinho.
Por que esse caso é importante?
Portanto, a identificação do corpo de pianista brasileiro desaparecido é mais do que um fato histórico. Trata-se de um símbolo da luta contra as impunidades do passado e da necessidade de preservar a memória dos desaparecidos. Além disso, o caso reforça a cooperação entre Brasil e Argentina em investigações de crimes de lesa-humanidade.
Em conclusão, a descoberta encerra um capítulo doloroso, mas abre espaço para a justiça e o reconhecimento de vítimas que, por muito tempo, permaneceram sem nome.