Violência política nos EUA: um panorama alarmante de ataques à esquerda e direita

A violência política nos EUA atinge tanto a esquerda quanto a direita, com centenas de casos registrados desde 2021. Saiba mais sobre os principais episódios e suas consequências.

A violência política nos EUA tem atingido tanto a esquerda quanto a direita com uma frequência preocupante. Nos últimos anos, o país testemunhou uma escalada de atos violentos que refletem a polarização extrema da sociedade americana.

O caso Charlie Kirk e o contexto de radicalização

O assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk, de 31 anos, em um evento na Universidade Utah Valley, marcou mais um capítulo dessa onda de violência. O suspeito, Tyler Robinson, foi identificado e preso após se entregar. Embora o governador de Utah tenha afirmado que Robinson estava “profundamente doutrinado com a ideologia de esquerda”, registros indicam que ele se registrara como “não filiado” a nenhum partido político.



Além disso, esse caso não ocorre isoladamente. A violência política nos EUA tem sido recorrente, envolvendo figuras de ambos os lados do espectro político. Apoiadores de líderes conservadores, ao compararem o caso com os ataques sofridos por Donald Trump e Jair Bolsonaro, clamam por mais segurança para figuras públicas.

Violência política em números e casos emblemáticos

Segundo levantamento da Reuters, violência política nos EUA aumentou consistentemente desde 2016. Entre o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a eleição presidencial de 2024, foram registrados pelo menos 300 casos de violência política.

Alguns dos episódios mais marcantes incluem:



  • Abril de 2024: Um homem invade a residência do governador democrata Josh Shapiro, ateando fogo no local enquanto a família estava dentro de casa.
  • Junho de 2024: A então presidente da Câmara, Melissa Hortman, e seu marido são brutalmente assassinados em casa. O autor ainda tentou matar o senador John Hoffman, que sobreviveu.
  • Setembro de 2024: Tentativa de assassinato contra Donald Trump durante um comício na Pensilvânia.
  • Dezembro de 2024: Assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em um ataque que gerou grande repercussão nacional.

Portanto, os dados mostram claramente que violência política nos EUA não é mais uma exceção, mas uma realidade estrutural. Tanto conservadores quanto progressistas têm sido alvo de atentados, agressões e invasões.

Comparação com a realidade brasileira

No Brasil, a violência política também tem sido uma constante. O atentado a Jair Bolsonaro em 2018 e o assassinato de Marcelo Arruda, em 2022, são exemplos de como a polarização pode culminar em tragédias irreparáveis.

Assim como nos EUA, os ataques não são unidirecionais. A radicalização política, alimentada por discursos de ódio e desinformação, afeta todos os espectros ideológicos. Portanto, é essencial que governos e sociedade civil trabalhem juntos para conter essa onda de violência que ameaça a democracia.