Centenas de turistas ficaram presos nas proximidades de Machu Picchu, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, após a suspensão temporária do serviço de trem que conecta a cidade inca ao restante do Peru. O incidente ocorreu em decorrência de protestos locais e danos à ferrovia, gerando um impasse que afetou cerca de 900 visitantes.
O que aconteceu em Machu Picchu?
No dia 15 de abril, a PeruRail, empresa responsável pela operação do trem até Machu Picchu, anunciou a interrupção do serviço devido a uma obstrução na linha férrea. Segundo a companhia, “pedras de vários tamanhos” foram colocadas na rota, comprometendo a segurança dos passageiros. Além disso, a empresa alegou que terceiros realizaram escavações ilegais, o que afetou a estabilidade da via.
Portanto, os turistas que estavam em viagem de retorno tiveram sua saída interrompida. A ministra do Comércio Exterior e Turismo do Peru, Desilú León, informou que cerca de 1.400 turistas foram retirados na segunda-feira com o auxílio da polícia. No entanto, aproximadamente 900 ficaram retidos em Aguas Calientes, a cidade que serve como base para visitas ao sítio arqueológico.
Por que os protestos começaram?
O protesto que levou à crise em Machu Picchu teve início na semana anterior e está relacionado a um conflito entre empresas de transporte local e autoridades. A concessão da empresa Consettur, responsável pelo transporte de turistas de Aguas Calientes até o local arqueológico, chegou ao fim. Em seu lugar, o distrito de Urubamba contratou uma nova empresa para assumir o serviço.
No entanto, a nova operação não foi aceita pelos moradores de Aguas Calientes, que se opuseram à substituição. Em resposta, os motoristas locais iniciaram uma manifestação que culminou com a colocação de pedras na ferrovia, interrompendo o tráfego dos trens.
Impactos internacionais e reações
Diante da escalada do conflito, a organização internacional New7Wonders, responsável por eleger Machu Picchu como uma das maravilhas do mundo em 2007, divulgou um comunicado alertando sobre os riscos à imagem do local. Segundo a entidade, o aumento da instabilidade pode comprometer a credibilidade do sítio como destino turístico global.
Além disso, o incidente destaca a importância de resolver conflitos locais com urgência, já que Machu Picchu atrai milhões de turistas todos os anos. A interrupção do serviço de trem não afeta apenas os visitantes, mas também a economia da região, que depende diretamente do turismo.
Medidas tomadas pelas autoridades
- Deslocamento de policiais para garantir a segurança dos turistas;
- Evacuação de 1.400 visitantes na segunda-feira;
- Negociações em andamento com líderes locais para restabelecer a ordem;
- Comunicados oficiais da PeruRail e do governo peruano esclarecendo a situação.
Enquanto isso, o fluxo de novos turistas para Machu Picchu foi temporariamente suspenso, e autoridades avaliam a viabilidade de alternativas de transporte terrestre para normalizar a situação. Ainda assim, o foco permanece na segurança dos visitantes e na retomada do serviço ferroviário o quanto antes.
Conclusão
Portanto, o episódio em Machu Picchu revela como conflitos locais podem ter impactos globais. A preservação do patrimônio cultural e a gestão adequada do turismo são essenciais para evitar novos transtornos. Com a atenção internacional voltada para o caso, espera-se que uma solução definitiva seja encontrada rapidamente.