Assembleia Geral da ONU: Trump e o reconhecimento da Palestina dominam os debates internacionais

Assembleia Geral da ONU 2025 terá discursos marcantes de Trump, Lula e líderes globais. Confira os principais temas e expectativas dos debates internacionais.

A Assembleia Geral da ONU está de volta com debates acalorados e tensões geopolíticas que prometem definir o rumo das relações internacionais nos próximos anos. Neste ano, o destaque vai para o discurso de Donald Trump, que abordará a recente onda de reconhecimento da Palestina como Estado soberano, além de críticas ao multilateralismo global. O evento reúne líderes de 193 países e é o principal fórum para discussões de temas globais, como paz, direitos humanos, desenvolvimento sustentável e conflitos internacionais.

Trump reafirma posição contrária ao reconhecimento da Palestina

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deve criticar veementemente o reconhecimento da Palestina como Estado no seu discurso, marcado para a terça-feira (23). A Casa Branca já sinalizou a insatisfação com a decisão de vários países, como França, Reino Unido, Austrália, Canadá, Portugal, e até mesmo o Brasil. Além disso, Trump promete reforçar a visão de que a criação de um Estado palestino recompensa o Hamas. A fala de Trump será uma das mais aguardadas, especialmente após sua ausência de 2018, quando provocou reações inesperadas de líderes mundiais.



Portanto, a Assembleia Geral da ONU serve como palco para o confronto de ideias entre nacionalismo e multilateralismo. Trump também aproveitará a ocasião para defender uma renovação da influência global dos Estados Unidos, alicerçada em práticas de soberania e controle de fronteiras, especialmente no que diz respeito à imigração. Aparentemente, a administração norte-americana pretende propor um novo sistema de controle de asilo como forma de conter a migração global.

As críticas de Lula e os rumos da diplomacia brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como é tradição, abre oficialmente o Debate Geral da Assembleia Geral da ONU com um discurso que abordará a soberania nacional, a democracia, a crise climática, a guerra na Ucrânia, e, principalmente, o conflito em Gaza. Lula defenderá a criação de um Estado palestino, criticará a resposta de Israel ao Hamas e reafirmará a posição de oposição de Brasília a qualquer tentativa de interferência externa, como as tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Além disso, a participação de Lula terá um tom diplomático de mediação de conflitos, alinhado com a reforma da ONU e a preservação da Amazônia.

Temas centrais na pauta da Assembleia Geral da ONU

Além de Trump, Lula e outros líderes, mais de 30 países discursarão no primeiro dia de debates, incluindo França, Reino Unido, Portugal, Egito, Palestina, Arábia Saudita, Canadá, Austrália e outros. Os principais temas abordados incluirão:



  • Reconhecimento da Palestina como Estado
  • Crise humanitária em Gaza
  • Guerra da Ucrânia e pressão pela negociação
  • Reforma de organismos multilaterais
  • Soberania nacional e proteção ambiental
  • Crimes de guerra e a atuação de tribunais internacionais

De acordo com a ONU, a ordem dos discursos segue uma hierarquia que coloca os chefes de Estado no topo da lista, após o Brasil e os Estados Unidos. Os líderes têm um tempo sugerido de 15 minutos, embora alguns tenham exagerado, como Fidel Castro, que falou por 4 horas e meia em 1960. Em contrapartida, a Casa Branca espera que Trump utilize o tempo de forma estratégica, com mensagens de impacto.

Críticas e direito de resposta

Críticas entre nações durante os discursos são comuns. Quando um país se sente ofendido, pode solicitar um direito de resposta. O protocolo da Assembleia Geral da ONU permite que o ofendido envie uma carta formal solicitando a réplica. Dois direitos de resposta podem ser concedidos, com durações de 10 e 5 minutos. Outra prática recorrente é a retirada da delegação do plenário em sinal de protesto, como ocorre entre Israel e Irã.

Conclusão

Portanto, a Assembleia Geral da ONU 2025 promete ser um dos momentos mais tensos e decisivos da diplomacia internacional. Com discursos que vão desde o nacionalismo exacerbado até chamados por cooperação global, a reunião de líderes mundiais reflete o estado atual de um sistema internacional cada vez mais polarizado. A posição de Trump, a defesa da soberania por parte de Lula e o crescente reconhecimento da Palestina como Estado demonstram a urgência de acordos sustentáveis, alicerçados no respeito à paz e aos direitos humanos. O mundo observa com atenção, e os próximos dias serão determinantes para o futuro das relações internacionais.