Guerra com armas de destruição em massa: Rússia ameaça Europa e intensifica tensão geopolítica

A Rússia ameaça a Europa com uma possível guerra com armas de destruição em massa, aumentando a tensão geopolítica. Saiba como a Europa responde com um plano de defesa antidrones.

O ex-presidente russo Dmitry Medvedev afirmou nesta segunda-feira (29) que um eventual conflito entre a Rússia e países da Europa pode desencadear uma guerra com armas de destruição em massa. A declaração ocorre em meio a crescentes tensões envolvendo a presença de drones de origem desconhecida sobre aeroportos e bases militares da Otan.

Rússia nega envolvimento em ataques com drones

Medvedev, atual vice-conselheiro de Segurança de Vladimir Putin, reagiu a acusações de líderes europeus de que Moscou estaria por trás de uma onda de drones militares. “A velha e frígida Europa simplesmente não pode se dar ao luxo de uma guerra com a Rússia”, declarou o dirigente russo, reforçando a ameaça de resposta decisiva.



Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou durante a Assembleia Geral da ONU qualquer envolvimento no aumento de atividades de drones na Europa. “Qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”, afirmou, em resposta às ameaças da Otan.

Europa fortalece medidas de defesa

Diante das ameaças, os países da OTAN aceleraram os planos de construção de um “muro antidrones” — um escudo aéreo com capacidade de rastreamento e interceptação de drones suspeitos. A iniciativa é uma resposta direta aos incidentes registrados na Polônia, Romênia, Dinamarca, e outros países do leste europeu.

Medidas concretas já são adotadas

Na Dinamarca, por exemplo, radares móveis foram posicionados estrategicamente próximos de bases militares, como a de Amager, em Copenhague. O ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, declarou que o país está ampliando sua capacidade de detectar e neutralizar drones de forma mais eficiente. “O objetivo desses ataques é semear o medo, criar divisões e nos assustar”, ressaltou.



Além da Dinamarca, ministros da Defesa de países como Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia já vinham discutindo a criação de um sistema de defesa unificado, embora a Comissão Europeia tenha rejeitado, em março, um pedido de financiamento conjunto entre Estônia e Lituânia.

Na última sexta-feira (26), drones de origem desconhecida foram avistados sobre a maior base militar da Dinamarca, reforçando a urgência de uma resposta coordenada. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, chamou os eventos de “ataque híbrido” e apontou diretamente a Rússia como uma ameaça à segurança da Europa.

Impacto da guerra na Ucrânia

Os drones têm desempenhado um papel central na guerra entre Ucrânia e Rússia, o que intensificou as preocupações de segurança em vários países da Europa. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou na ONU que o mundo vive uma guerra de drones e a corrida armamentista mais destrutiva da história, o que justifica a necessidade de preparação imediata.

Portanto, a construção do “muro antidrones” é vista como uma prioridade estratégica para a União Europeia. Segundo o comissário de Defesa, Andrius Kubilius, “precisamos agir rapidamente e aprender com as lições da Ucrânia”.

Conclusão

A guerra com armas de destruição em massa não é mais um cenário distante. A escalada de tensões entre a Rússia e a Europa, agravada por ataques híbridos com drones, exige uma resposta coordenada e imediata de defesa. A construção de um escudo antidrones representa um passo fundamental para garantir a segurança de nações que enfrentam um novo tipo de ameaça — invisível, mas potencialmente devastador.

Em conclusão, a ameaça de uma guerra com armas de destruição em massa não pode ser ignorada, e a Europa está tomando medidas concretas para se proteger, mesmo diante de negativas da Rússia de envolvimento nos ataques recentes.