Na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, reafirmou uma posição de defesa ao negar categoricamente que a Rússia nega ataque à Europa e declarou que qualquer agressão contra seu país terá uma resposta decisiva.
Discurso de Lavrov na ONU
Em seu pronunciamento, o chanceler russo fez diversas acusações à Ucrânia, sem apresentar provas concretas, incluindo alegações de terrorismo, tortura, execuções e sabotagem de instalações nucleares. Portanto, Lavrov utilizou o fórum internacional para reforçar a narrativa de que a Rússia age em legítima defesa. Além disso, ele respondeu diretamente a acusações do Ocidente de que a Rússia planejaria um ataque à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmando que isso jamais será uma realidade.
Expansão da Otan como justificativa
Apesar de impor condições rigorosas para um eventual encontro entre os presidentes Putin e Zelensky, Lavrov declarou que a Rússia está aberta ao diálogo. No entanto, a condição central para a reconciliação é a contenção da expansão da Otan, a qual Moscou considera uma ameaça direta. A aliança, criada em 1949 com 12 países, cresceu significativamente e hoje conta com 32 membros, o que a Rússia vê como uma quebra de promessas históricas.
- Aliança criada em 1949 para conter a União Soviética
- Expansão da Otan é vista como ameaça estratégica pela Rússia
- Ucrânia busca integrar a aliança, agravando a crise
Posicionamento sobre a Guerra em Gaza
Além de defender a postura de seu país, Lavrov dedicou parte do discurso à situação no Oriente Médio, condenando os ataques do Hamas de 7 de outubro. No entanto, ele criticou a resposta israelense, a qual chamou de “matança de palestinos”. Essa condenação levanta questionamentos, considerando que o mesmo país que comenta os eventos em Gaza é responsável pela invasão da Ucrânia em 2022, o maior conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
Reações internacionais e novas declarações
Na semana em que Lavrov discursou na ONU, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu ao afirmar que a Ucrânia pode vencer o conflito e recuperar territórios. Trump definiu a Rússia como um “tigre de papel”, sugerindo fraqueza. Em resposta, o Kremlin reagiu de forma imediata, chamando a Rússia de “urso”, símbolo de força no Ártico, reforçando seu discurso de poder.
Portanto, mesmo em um momento de crescente tensão global, a Rússia nega ataque à Europa e mantém a postura de que a paz só será possível com o fim da expansão da Otan. Enquanto isso, as tensões geopolíticas seguem em alta, com debates intensos sobre segurança coletiva, soberania e o futuro da ordem internacional.
Reforma do Conselho de Segurança da ONU
Por fim, Lavrov também abordou a reforma do Conselho de Segurança da ONU, apoiando a inclusão de países como Brasil e Índia como membros permanentes. A posição do ministro russo é alinhada com a de líderes como o presidente Lula. Assim, a Rússia busca fortalecer alianças estratégicas com nações em desenvolvimento para ampliar sua influência global.
Em conclusão, a Rússia nega ataque à Europa e, simultaneamente, reafirma sua força militar e diplomática, indicando que a resolução de conflitos internacionais ainda depende de um equilíbrio de poder ainda instável.
