Risco de Calor: Entenda a Regra da FIA Acionada Pela Primeira Vez no GP de Singapura

Entenda a regra de risco de calor da FIA, acionada pela 1ª vez no GP de Singapura. Medidas como coletes de resfriamento e peso extra para proteger os pilotos.

Risco de Calor: A FIA Toma Medidas Inéditas para Proteger os Pilotos

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ativou pela primeira vez na história a sua regulamentação específica para risco de calor durante o Grande Prêmio de Singapura. Esta decisão histórica, baseada em uma previsão meteorológica que apontava temperaturas superiores a 31°C com alta umidade, demonstra o compromisso máximo da entidade com a segurança dos competidores. Portanto, a medida visa mitigar os sérios perigos associados ao estresse térmico extremo dentro dos cockpitos.

O Que a Regra de Risco de Calor Permite?

Diante da declaração oficial de risco de calor, a FIA implementou um protocolo de ações permitidas para as equipes. Além disso, essas concessões têm como objetivo único garantir o bem-estar físico dos pilotos sem alterar o desempenho dos carros. Consequentemente, as escuderias puderam adotar duas medidas críticas:



  • Uso de Coletes de Resfriamento: Os pilotos receberam permissão para utilizar coletes especiais, previamente resfriados, sob seus macacões ignífugos. Esses coletes ajudam a manter a temperatura corporal em um nível mais seguro durante a extenuante prova.
  • Acréscimo de Peso Extra: Para compensar o peso adicional do equipamento de resfriamento, as equipes tiveram a opção de adicionar lastro extra ao monocoque do carro. Dessa forma, o balanceamento e o desempenho do veículo permanecem estritamente dentro dos parâmetros regulamentares.

Por Que Singapura Motivou Esta Decisão?

O circuito urbano de Marina Bay, em Singapura, apresenta um desafio único e brutal. A combinação de uma pista sinuosa e de baixa velocidade, que exige esforço físico constante dos pilotos, com o clima tropical opressivo, cria um ambiente propício para a desidratação e a exaustão por calor. No entanto, a FIA não se baseia apenas na temperatura do ar. Na verdade, ela considera o Índice de Calor, que leva em conta a umidade relativa para calcular a temperatura aparente sentida pelo corpo humano. Em conclusão, este índice provavelmente atingiu níveis considerados perigosos, forçando a ação preventiva.

O Impacto da Regra no Mundo do Automobilismo

Este marco no GP de Singapura sinaliza uma evolução contínua na filosofia de segurança do esporte a motor. A FIA não apenas reage a acidentes, mas também age de forma proativa para prevenir condições médicas graves. Portanto, o primeiro acionamento da regra de risco de calor estabelece um precedente vital. No futuro, podemos esperar ver esta regulamentação sendo aplicada em outros circuitos com condições climáticas igualmente extremas, como o Bahrein ou Abu Dhabi. Em última análise, a saúde dos pilotos se consolida como a prioridade absoluta, acima de qualquer competição.