Plano de Paz Trump Impulsiona Negociações Críticas no Cairo
Neste domingo, 5 de outubro de 2025, negociadores de Israel e do Hamas reuniram-se no Cairo, Egito, para discutir o Plano de Paz Trump. Esta movimentação diplomática intensa ocorre sob pressão direta do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e tem como objetivo principal encerrar o conflito em Gaza e garantir a libertação de todos os reféns. Além disso, o governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, expressou esperança de que um acordo seja finalizado nos próximos dias.
Os Principais Pontos do Plano de Paz Trump
O Plano de Paz Trump apresenta uma estrutura abrangente para a desescalada do conflito. Portanto, seus pilares fundamentais incluem:
- Um cessar-fogo imediato que entra em vigor assim que o Hamas aceitar o plano.
- A libertação de todos os reféns israelenses em um prazo máximo de 72 horas.
- A retirada gradual das forças israelenses de Gaza, começando com uma linha entre 1,5 e 3,5 km dentro do território.
- O desarmamento completo do Hamas e o exílio de seus combatentes.
- A criação de uma autoridade de transição composta por tecnocratas, supervisionada por uma força internacional.
No entanto, um ponto de discórdia significativo permanece: o plano exclui explicitamente qualquer papel futuro do Hamas na governança de Gaza, uma condição que o grupo já sinalizou contestar.
O Papel dos Mediadores e a Pressão Diplomática
A equipe americana, incluindo o enviado Steve Witkoff e o genro de Trump, Jared Kushner, junta-se aos mediadores egípcios nas negociações indiretas. Consequentemente, a presença de figuras tão próximas a Trump sublinha o peso político que os Estados Unidos estão colocando por trás desta iniciativa. Donald Trump emitiu um aviso severo, declarando que não “toleraria qualquer atraso” na implementação de sua proposta. Esta pressão externa adiciona um senso de urgência às tratativas, que coincidem com o segundo aniversário do ataque de 7 de outubro.
Contradições no Terreno: Acordo versus Realidade
Apesar do otimismo nas mesas de negociação, a realidade em Gaza permanece sombria. Embora o Hamas tenha dado uma resposta positiva ao Plano de Paz Trump na sexta-feira, os bombardeios israelenses continuaram no sábado, resultando em dezenas de baixas palestinas, segundo relatos da Defesa Civil local. Esta disparidade entre o diálogo diplomático e a violência incessante no terreno gera desespero na população civil. Portanto, moradores como Mahmoud al-Ghazi clamam por uma aceleração das negociações para “acabar com esse banho de sangue interminável”.
As Demandas de Cada Lado e o Caminho a Seguir
Um oficial do Hamas afirmou à AFP que o grupo busca um resultado positivo para iniciar “imediatamente” a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Por outro lado, o Primeiro-Ministro Netanyahu foi categórico ao afirmar que o desarmamento do Hamas “acontecerá ou diplomaticamente pelo plano de Trump, ou militarmente por nós”. Esta posição inflexível define um cenário de tudo ou nada para as negociações.
Enquanto isso, a sociedade civil de ambos os lados manifesta seu anseio por paz. Manifestações em Jerusalém e Tel Aviv pediam a libertação dos reféns, enquanto milhares na Europa marchavam em solidariedade à Palestina. Em conclusão, o sucesso do Plano de Paz Trump depende não apenas da vontade política dos líderes, mas também de sua capacidade de responder ao apelo angustiado de suas populações.