Deportação de Greta Thunberg: Israel Devolve 171 Ativistas da Flotilha de Gaza

Israel executa a deportação de Greta Thunberg e 170 ativistas após interceptar flotilha para Gaza. Entenda o contexto internacional e o status dos brasileiros detidos.

Israel Conclui Deportação em Massa de Ativistas, Incluindo Greta Thunberg

O governo israelense concluiu a deportação da ativista ambiental sueca Greta Thunberg e de outros 170 participantes da flotilha humanitária com destino à Faixa de Gaza. Além disso, as autoridades executaram a medida nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, após interceptarem e deterem os navios que desafiavam o bloqueio marítimo. Consequentemente, este evento marca um capítulo significativo na complexa relação entre o ativismo internacional e a política de segurança de Israel.

Os Detalhes da Operação de Deportação

O Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu um comunicado detalhando a ação. “Mais 171 provocadores da flotilha Hamas-Sumud, incluindo Greta Thunberg, foram deportados hoje de Israel para a Grécia e a Eslováquia”, declarou o órgão oficial. Portanto, o governo reiterou que todos os direitos legais dos participantes foram plenamente respeitados durante o processo. Imediatamente após a decisão, as autoridades compartilharam imagens dos ativistas no aeroporto antes de seus voos de deportação.



Reações Internacionais e Contexto do Conflito

No entanto, a interceptação da flotilha e a subsequente deportação em massa geraram ampla condenação internacional. Por exemplo, o governo brasileiro, sob o presidente Lula, denunciou formalmente Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU na sexta-feira anterior. A flotilha, composta por mais de 40 barcos, visava levar ajuda humanitária a Gaza e evidenciar a grave crise humanitária resultante de dois anos de conflito. Ademais, o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, reporta mais de 67.000 mortos, números que a ONU considera precisos.

O Status dos Brasileiros e o Próximo Capítulo

Enquanto Thunberg e outros europeus e norte-americanos enfrentaram a deportação imediata, a situação para outros nacionalidades difere. De acordo com o Itamaraty, 13 cidadãos brasileiros permanecem detidos no centro de detenção de Ketziot, no deserto de Negev. Eles receberam visita de representantes do governo brasileiro e, segundo fontes diplomáticas, estão em boas condições de saúde. A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está entre os detidos. Por outro lado, um argentino-italiano residente no Brasil já cumpriu sua deportação e retornou ao Rio de Janeiro.

Em conclusão, Israel declarou sua intenção de finalizar todas as deportações “o mais rápido possível”, classificando os ativistas restantes como “provocadores” que se recusaram a agilizar seu próprio processo. Esta deportação de alta visibilidade, portanto, não apenas removeu figuras proeminentes como Thunberg, mas também intensificou o debate global sobre o bloqueio israelense e os métodos de protesto pacífico.