O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração significativa nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025. Ele afirmou que um acordo de paz para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza “está muito próximo”. Esta declaração surge exatamente no dia em que o conflito completou dois anos, trazendo um novo sopro de esperança para uma região devastada pela violência.
O Compromisso dos Estados Unidos
Além disso, Trump garantiu pessoalmente que fará “todo o possível” para assegurar que ambas as partes—Israel e o grupo Hamas—respeitem integralmente os termos do acordo, assim que for oficialmente assinado. “Estamos muito próximos de chegar a um acordo no Oriente Médio, declarou o presidente à imprensa, ao lado do Primeiro-Ministro canadense, Mark Carney. Assim que um acordo sobre Gaza aconteça, vamos fazer todo o possível para certificar que todo mundo adira ao acordo”.
Contexto das Negociações
No entanto, esta não é a primeira vez que Trump expressa tal otimismo. Na semana anterior, ele já havia anunciado, junto com o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu, uma ambiciosa proposta de paz de 20 pontos. Portanto, seu otimismo aumentou consideravelmente na última sexta-feira, quando o Hamas sinalizou positivamente ao anunciar sua disposição para libertar todos os reféns israelenses de uma só vez.
As declarações de Trump coincidem com um momento crítico: negociadores de Israel e Hamas realizam negociações indiretas no Egito, mediadas por autoridades egípcias, americanas e do Catar. O objetivo central dessas discussões é finalizar o conflito com base no plano proposto pelos Estados Unidos.
Os Pontos de Atrito no Acordo de Paz
Contudo, vários obstáculos substanciais ainda permanecem. Por um lado, Israel já concordou formalmente com a proposta, mas demonstra resistência em pontos específicos. Por outro lado, o Hamas concordou em princípio com a libertação de todos os reféns, vivos e mortos, mas exigiu mais discussões sobre outros termos cruciais.
Consequentemente, um clima de cautela e desconfiança mútua domina as negociações. Um alto funcionário do Hamas afirmou que seus negociadores estão “trabalhando para superar todos os obstáculos”, mas simultaneamente fez uma série de novas exigências, incluindo uma provocadora declaração reafirmando o ataque de 7 de outubro de 2023 como uma “resposta histórica”.
O Plano de Paz de 20 Pontos
O potencial acordo de paz em discussão é baseado no plano detalhado apresentado pela Casa Branca. Os principais pilares desta proposta incluem:
- Transformar Gaza em uma zona totalmente livre de grupos armados.
- Oferecer anistia a integrantes do Hamas que entreguem suas armas e se comprometam com a paz.
- Estabelecer um comitê de governança para Gaza, formado por tecnocratas palestinos e especialistas internacionais.
- Criar um “Conselho da Paz” supervisionado por Trump.
- Exigir que o Hamas liberte todos os reféns dentro de 72 horas.
- Determinar que Israel libere nearly 2.000 prisioneiros palestinos.
Além disso, o plano delega à ONU e ao Crescente Vermelho a responsabilidade pela distribuição de ajuda humanitária. No entanto, ele é intencionalmente vago sobre a criação de um Estado Palestino, apenas indicando um caminho futuro possível para esse reconhecimento.
Um Longo Caminho pela Frente
Em conclusão, embora o anúncio de um acordo de paz iminente seja uma notícia positiva, especialistas alertam que as negociações representam o início de um processo complexo, e não seu fim. A comunidade internacional encara a proposta com esperança cautelosa, mas os moradores de Gaza, que enfrentam uma crise humanitária catastrófica com mais de 67.000 mortos, permanecem céticos.
Portanto, o mundo aguarda com expectativa para ver se desta vez o tão almejado acordo de paz será, de fato, concretizado e se trará uma estabilidade duradoura para o Oriente Médio.