Astrônomos da Universidade de Princeton acenderam discussões científicas ao propor a existência de um planeta oculto, batizado de Planeta Y, que seria mais próximo do Sol que o lendário Planeta 9. Segundo o estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o Planeta Y explicaria anomalias orbitais observadas no Cinturão de Kuiper, uma região distante do Sistema Solar.
Descoberta baseada em anomalias no Cinturão de Kuiper
Os pesquisadores desenvolveram uma técnica inovadora para mapear o plano orbital do Cinturão de Kuiper, eliminando distorções causadas por limitações tecnológicas. Além disso, o método permitiu identificar 154 corpos celestes além da órbita de Netuno com trajetórias inclinadas em 15 graus em relação ao plano solar.
A análise sugere que uma força gravitacional ainda desconhecida influencia esses objetos. Portanto, os cientistas propuseram a presença de um planeta de tamanho semelhante a Mercúrio ou Terra, orbitando entre 80 e 200 unidades astronômicas do Sol.
Evidências indiretas
- Simulações indicam que o Planeta Y teria uma inclinação orbital de 10 graus.
- Sua gravidade explicaria a distribuição anômala de pequenos corpos no Cinturão de Kuiper.
- Porém, ainda não há observações diretas, exigindo instrumentos mais avançados para confirmação.
Comparação com o Planeta 9
Enquanto o Planeta 9 permanece uma hipótese para explicar movimentos de objetos distantes, o Planeta Y surge como uma alternativa mais próxima. Assim, se existir, ele reduziria a necessidade de grandes massas em órbitas extremas.
Amir Siraj, autor principal do estudo, alerta: “Não é uma descoberta direta, mas um quebra-cabeça que pede uma solução planetária”.
Desafios futuros
Tecnologias como o telescópio Vera C. Rubin, em desenvolvimento, poderão validar ou refutar a existência do Planeta Y. Portanto, a investigação reforça a complexidade do Sistema Solar e a necessidade de métodos inovadores para decifrar seus mistérios.
