Introdução à Nova Lei sobre Indenização por Abandono Afetivo
O governador Alckmin sancionou uma legislação que revolucionou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), incluindo explicitamente a assistência afetiva como dever dos pais e responsáveis. Esta mudança visa proteger crianças e adolescentes de negligência emocional, estabelecendo mecanismos de indenização por abandono afetivo em casos comprovados.
Principais Disposições da Lei
A nova lei altera o ECA para reconhecer que o abandono afetivo configura violação dos direitos fundamentais da criança. Além disso, estabelece que parentes e responsáveis devem garantir proximidade emocional e acompanhamento psicológico, sob risco de responsabilização judicial. Portanto, a indenização por abandono afetivo pode ser solicitada por meio de ações civis, com valores calculados conforme a gravidade do caso.
Como Funciona a Indenização?
- Comprovação de danos: A vítima ou representante legal deve apresentar evidências de negligência afetiva, como declarações de psicólogos ou documentos médicos.
- Cálculo do valor: A indenização varia conforme impacto emocional, duração do abandono e condições socioeconômicas da família.
- Medidas cautelares: Juízes podem determinar medidas emergenciais, como afastamento temporário dos pais ou obrigação de acompanhamento terapêutico.
Impacto Social e Jurídico
No entanto, a nova lei enfrenta debates sobre a aplicação objetiva de critérios para evitar abusos. Além disso, especialistas alertam para a necessidade de capacitação de profissionais do sistema judicial e conselhos tutelares. Portanto, a indenização por abandono afetivo não é apenas uma medida punitiva, mas também uma ferramenta para promover políticas públicas voltadas à saúde mental infantil.
Conclusão
Em conclusão, a alteração no ECA representa um marco na proteção integral da criança e do adolescente. A inclusão da indenização por abandono afetivo reforça a importância de relações saudáveis e o dever dos adultos em garantir o bem-estar emocional das crianças. Esta legislação não apenas responde a uma demanda social urgente, mas também alinha o Brasil a padrões internacionais de direitos humanos.
