Creator Economy em Crise: Por Que Influenciadores Estão Voltando ao CLT no Brasil?

Descubra como a creator economy no Brasil enfrenta desafios e por que influencers optam por CLT para estabilidade financeira e saúde mental.

A Evolução da Creator Economy e o Retrocesso Surpreendente

A promessa inicial da creator economy prometia liberdade absoluta: trocar o relógio de ponto por stories e viver de engajamento e publicidade. No entanto, dados recentes revelam uma tendência preocupante: influenciadores estão abandonando redes sociais como fonte principal de renda e optando por contratos CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Desafios Financeiros na Era das Redes

Segundo a revista Marie Claire, a paulistana Gabrielle Gimenes acumulou mais de 56 mil seguidores, mas viu a realidade desagradável do mercado. Em melhores meses, seus ganhos chegavam a R$ 5 mil, enquanto em períodos ruins, mal ultrapassavam R$ 30. Essa instabilidade financeira é um dos principais motivos para a migração para o trabalho formal. Além disso, entre 2024 e 2025, a quantidade de criadores no Brasil cresceu para 2 milhões, mas a distribuição de renda permanece extremamente desigual: 50% ganham até R$ 5 mil mensais, enquanto menos de 0,54% alcançam R$ 100 mil.



a Criação Virou Negócio: Expectativas e Realidade

Além da volatilidade salarial, a creator economy enfrenta desafios como algoritmos menos favoráveis, saturação de nichos e escassez de alcance orgânico. Especialistas como Giulia Braide, economista da influência, explicam que “liberdade criativa parece leve até virar negócio”. Parcerias exigem métricas rigorosas e conversões efetivas, o que torna a jornada mais competitiva e exaustiva para pequenos criadores.

Estabilidade vs. Liberdade: Um Novo Equilíbrio

Apesar das dificuldades, não há um colapso da creator economy; há um amadurecimento desse setor. Muitos profissionais estão criando modelos híbridos: manter a presença digital como complemento de uma renda garantida. Benefícios como plano de saúde, vale-refeição e previsibilidade financeira tornaram-se prioridades, especialmente para aqueles que lidaram com inconstância em parcerias publicitárias.

Projeções para a Próxima Era da Economia Criativa

A creator economy está se reconfigurando. Enquanto marcas buscam estratégias mais sólidas e dados concretos, influenciadores estão explorando caminhos alternativos, como capacitação profissional e negócios próprios. “A próxima fase da economia criativa combina estabilidade corporativa com presença digital aguada”, afirma Braide. A pergunta não é mais sobre o fim do sonho, mas sobre como manter a relevância sem perder o equilíbrio emocional.