Estado palestino como via para a paz: o posicionamento do Papa Leão XIV
Em um discurso veiculado durante seu voo da Turquia ao Líbano, o Papa Leão XIV reforçou sua postura firme em favor da criação do Estado palestino como única alternativa viável para alcançar a paz na região. O líder religioso destacou que a guerra em Gaza, marcada por episódios de violência recorrentes, exige uma abordagem política que priorize a diplomacia e o diálogo mútuo entre as partes em conflito.
A crise humanitária e a necessidade de ação imediata
A situação em Gaza, caracterizada por um colapso econômico e uma crise humanitária sem precedentes, serve como combustível para a pressão internacional. O Papa enfatizou que a ausência de um Estado palestino legitimo e soberano não apenas perpetua o sofrimento civil, mas também ameaça a estabilidade regional. Além disso, ele criticou a inação das potências globais, afirmando que políticas que buscam resolver o impasse apenas parcialmente são insuficientes para evitar futuros confrontos.
Contexto histórico e a proposta de solução de dois estados
No contexto mais amplo, o Papa Leão XIV reiterou que a solução de dois estados — Israel e Palestina — constitui o único modelo capaz de garantir segurança e dignidade para ambas as populações. Ele lembrou que acordos anteriores, embora tenham estabelecido um quadro inicial de negociações, falharam devido à falta de comprometimento contínuo por parte das partes envolvidas. Portanto, a criação de um Estado palestino não pode mais ser adiada, sob risco de comprometer os princípios fundamentais de justiça e autodeterminação.
A resposta da comunidade internacional
Apesar das críticas à postura hesitante de certos países, o Papa reconheceu que há sinais de esperança em iniciativas diplomáticas recentes. No entanto, ele alertou que decisões unilaterais — como a expansão de assentamentos israelenses em territórios palestinos — minam a credibilidade do processo de paz. Em conclusão, ele orientou que, sem um Estado palestino plenamente funcional, o ciclo de violência continuará a engolir gerações int inteiras.
Portanto, a mensagem do Papa não é apenas um apelo moral, mas uma advertência estratégica: a falta de ação política sólida pode transformar o Oriente Médio em um campo de batalha permanente.
