Satélite Starlink: Incidente de Quase-Colisão Revela Falhas na Coordenação Espacial

Satélite Starlink quase colidiu com satélite chinês devido à falta de coordenação. Entenda o incidente e as respostas das empresas.

Incidente Espacial: Satélite Starlink e Risco de Colisão Próxima

Um evento crítico ocorreu na órbita baixa da Terra envolvendo um satélite Starlink da SpaceX e um equipamento lançado pela CAS Space, empresa chinesa. A aproximação alarmante, a cerca de 200 metros entre os objetos, gerou preocupação na comunidade espacial devido à complexidade das manobras de evasão em alta velocidade.

Detalhes do Envolvimento

O incidente envolveu o satélite STARLINK-6079 (ID 56120), operado a 560 km de altitude, e um dos nove satélites da missão Kinetica-1, lançada pela CAS Space. A localização do encontro foi sobre o Oceano Pacífico Oriental, uma região de tráfego intenso de satélites em órbita terrestre baixa (LEO).



Críticas da SpaceX e Resposta da CAS Space

A SpaceX acusou a CAS Space de não compartilhar dados críticos de trajetória após o lançamento, agravando o risco. Michael Nicolls, vice-presidente de engenharia da Starlink, destacou a necessidade de coordenação entre operadores: “A falta de comunicação é a principal fonte de risco no espaço”.

Por outro lado, a CAS Space defendeu que seguiu protocolos internacionais e que o incidente ocorreu fora de sua “janela de controle” após a conclusão da missão. A empresa enfatizou a importância de cooperação global para evitar tais situações.

Análise de Especialistas

O astrônomo Jonathan McDowell apoiou a resposta da CAS Space, argumentando que o intervalo de 48 horas após o lançamento dificultou avaliações precisas. Ele propôs a criação de um sistema internacional de vigilância espacial que integre dados de todos os países envolvidos.



Recorde-se que os satélites Starlink já realizaram mais de 145.000 manobras de evasão desde 2025, refletindo a crescente congestionação orbital. Atualmente, a frota da SpaceX conta com 9.300 satélites, representando dois terços dos objetos ativos em LEO.

Conclusão e Perspectivas Futuras

Este incidente reforça a urgência de normas globais para navegação espacial. Empresas e governos devem colaborar para evitar colisões, especialmente com o aumento acelerado de constelações de satélites comerciais. Sem um sistema de coordenação eficaz, riscos como este se tornarão frequentes.