A Nova Regulamentação de Verificação Facial na Coreia do Sul
Na última sexta-feira (19), o governo da Coreia do Sul anunciou uma medida inovadora para combater fraudes relacionadas a chips de celular. A verificação facial tornou-se obrigatória para todas as operadoras ao vender novos SIM cards, conforme anunciado pelo Ministério da Ciência e Tecnologias da Informação e Comunicação. A iniciativa visa reduzir drasticamente os casos de golpes, especialmente o vishing, que afetam milhares de consumidores anualmente.
Por Que a Verificação Facial é Essencial?
A Coreia do Sul enfrenta um cenário preocupante de crimes cibernéticos, com criminosos utilizando contas telefônicas roubadas para executar golpes sofisticados. Documentos de identidade e autenticação biométrica passam a ser requisitos essenciais para a aquisição de novos chips, dificultando o acesso a fraudadores.
Impacto dos Grandes Escândalos de Dados
Em 2024, dois grandes vazamentos de dados sacudiram a Coreia do Sul, afetando mais da metade da população. A empresa Coupang teve 30 milhões de registros comprometidos, enquanto a SK Telecom expôs os dados de todos os 23 milhões de clientes. Como resultado, a SK Telecom foi multada em mais de R$ 500 milhões por negligência em segurança cibernética.
Soluções Tecnológicas: O Papel do Aplicativo PASS
As principais operadoras sul-coreanas — SK Telecom, LG Uplus e Korea Telecom — disponibilizam o aplicativo PASS, que armazena credenciais digitais e agora integrará informações biométricas. Essa adaptação tornará ainda mais complexo o uso de dados roubados, reduzindo a possibilidade de clonagem de contas telefônicas.
O Papel das Operadoras Virtuais
Operadoras virtuais, que dependem de infraestrutura terceirizada, foram responsáveis por até 92% dos números falsos detectados no ano passado. A nova regulamentação busca responsabilizar essas empresas, exigindo rigorosos controles de autenticação desde a venda do chip.
Conclusão
A implementação da verificação facial na Coreia do Sul representa um marco na luta contra fraudes digitais. Com medidas como a integração de biometria digital e a proteção de dados, o país busca não apenas mitigar riscos, mas também estabelecer um padrão global de segurança em telecomunicações.
