Brics: como as políticas comerciais dos EUA sob Trump impactaram o bloco e o Brasil

O fortalecimento do Brics como bloco geopolítico tem sido um dos principais fatores de transformação no cenário internacional nas últimas duas décadas. No entanto, as decisões estratégicas do governo norte-americano durante a gestão de Donald Trump geraram impactos diretos sobre a dinâmica desse grupo. Além disso, essas ações reforçaram uma tendência crescente de unilateralismo econômico, especialmente por meio da imposição de tarifas e da priorização de acordos bilaterais.

O posicionamento dos EUA frente ao Brics

Durante seu mandato, Trump adotou uma postura claramente cética em relação a blocos multilaterais, incluindo o Brics. Em vez de buscar parcerias coletivas, o presidente norte-americano optou por fortalecer alianças estratégicas individuais com países membros, como Índia e Brasil. Essa abordagem enfraquece o poder de negociação coletivo do Brics, já que fragmenta os interesses comuns entre seus integrantes.

Além disso, Trump enxergava o crescimento do Brics como uma ameaça à hegemonia econômica e política dos Estados Unidos. Portanto, impôs tarifas sobre produtos de países como China e Rússia, justificando tais medidas com base na segurança nacional. Contudo, essas ações tiveram efeitos colaterais sobre países parceiros, como o Brasil, que viu suas exportações afetadas indiretamente.

Impacto no Brasil e no comércio internacional

O Brasil, como membro do Brics, enfrenta um dilema estratégico diante das pressões externas. Por um lado, busca fortalecer sua posição no bloco como plataforma de influência global. Por outro, mantém relações comerciais significativas com os EUA. Assim, as políticas protecionistas de Trump forçaram o país a repensar suas alianças econômicas.

Além disso, a ênfase norte-americana em acordos bilaterais desestimulou a cooperação multilateral. Em consequência, o Brics perdeu espaço em negociações globais de comércio e segurança. No entanto, o bloco respondeu com iniciativas próprias, como o aumento do uso de moedas locais nas transações entre seus membros.

O futuro do Brics em um mundo polarizado

Apesar das pressões, o Brics demonstrou resiliência. Países membros têm investido em instituições próprias, como o Novo Banco de Desenvolvimento, para reduzir a dependência do sistema financeiro ocidental. Em conclusão, a postura dos EUA sob Trump acelerou a busca por autonomia econômica e política dentro do bloco.

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