Paul Krugman Crítica Tarifas de Trump sobre o Brasil: ilegais e sem base

Paul Krugman crítico às tarifas de Trump

O economista renomado e laureado com o Nobel Paul Krugman intensificou sua crítica ao governo Donald Trump após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Na última sexta-feira (1º), Krugman classificou essas medidas como ilegais e politicamente desastrosas, destacando um uso indevido de barreiras comerciais para pressão política.

Tarifas de 50%: um caso emblemático

Krugman reforçou seu argumento utilizando o caso brasileiro como exemplo mais emblemático da ilegalidade das ações tarifárias de Trump. O país recebeu tarifas extremamente altas, significativamente superiores às aplicadas a outros parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Legitimidade questionada

O economista argumenta que a principal justificativa utilizada por Trump — punir o Brasil por processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro — é completamente inaceitável na legislação americana.

Na análise de Paul Krugman, o governo americano está utilizando tarifas como ferramenta de poder político, algo que a legislação não permite.

Marco legal: justificativas tarifárias

Krugman lembra as limitadas exceções legais para tarifas nos Estados Unidos: Seção 201 para proteger indústrias americanas; Seção 232 para indústrias estratégicas à segurança nacional; Seção 301 e tarifas antidumping para práticas desleais de comércio exterior. Nenhuma delas se aplica ao caso brasileiro.

Paul Krugman afirma que, na prática, o governo Trump viola consistentemente estas regras, mas o caso brasileiro é um exemplo escancarado de ilegalidade.

Efeito político contrário ao almejado

O economista questiona a eficácia da estratégia de Trump, lembrando que o mercado americano representa apenas 12% das exportações brasileiras. Ele desafia a ideia de que tarifas podem intimidar o Brasil, considerando que 88% das exportações brasileiras são direcionadas a outros países.

O caso do suco de laranja: contradição evidente

Uma das maiores ironias apontadas por Paul Krugman é a isenção das tarifas para o suco de laranja brasileiro (90% importado) em contraste com produtos essenciais como o café.

Esta distinção, segundo Krugman, é uma admissão implícita de que os americanos são os verdadeiros pagadores das tarifas, contradizendo constantemente o argumento de Trump.

Conclusão: Trump não governa o mundo, apenas tarifa

Em uma frase que resume todo seu argumento, Krugman conclui: “Trump pode achar que pode governar o mundo, mas ele não tem o ‘suco’ — nem de laranada, nem de outra coisa.” Esta frase resume o ponto central: a superestimação da capacidade do governo americano de usar tarifas como instrumento de política externa.

O economista finaliza destacando que, na verdade, Trump está ensinando ao mundo os verdadeiros limites do poder econômico dos Estados Unidos.

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