O governo dos Estados Unidos, liderado pelo ex-presidente Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil em uma série de declarações públicas. Desta vez, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi citado diretamente como justificativa para possíveis sanções diplomáticas.
A declaração oficial dos EUA
Em um post na rede social X, o subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado dos EUA destacou a comemoração do 203º Dia da Independência do Brasil. No entanto, ao invés de elogiar o marco histórico, o texto criticou o Judiciário brasileiro. “Em nome do ministro Alexandre de Moraes e dos indivíduos cujos abusos de autoridade minaram essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis”, afirmou o representante norte-americano.
Trump reforça críticas e cogita restrições
Na última sexta-feira (5), Donald Trump declarou estar “muito irritado” com o Brasil. Além disso, o ex-presidente não descartou a possibilidade de restringir vistos para autoridades brasileiras que pretendem participar da Assembleia Geral da ONU em Nova York. Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump afirmou:
“Estamos muito irritados com o Brasil. Já aplicamos tarifas pesadas porque eles estão fazendo algo muito infeliz. O governo mudou radicalmente. Radicalmente para a esquerda. Isso está fazendo muito, muito mal. Vamos ver.”
Motivo das críticas
A crítica está diretamente ligada às tarifas de até 50% impostas pelos EUA aos produtos brasileiros em agosto. Trump afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas” no STF. Como relator do processo que investiga Bolsonaro por crimes como tentativa de golpe e abolição violenta do estado democrático, Alexandre de Moraes tornou-se alvo direto da retórica norte-americana.
Além disso, o ministro já teve seu visto diplomático revogado pelos EUA e foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky — uma ferramenta utilizada pelos Estados Unidos para punir indivíduos considerados responsáveis por violações de direitos humanos.
Impacto nas relações internacionais
Essas ações não ocorrem isoladamente. A imposição de tarifas e a ameaça de sanções diplomáticas fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump para pressionar governos que considera ideologicamente contrários. Portanto, a possibilidade de restrições durante a Assembleia Geral da ONU levanta sérias preocupações.
- Ações unilaterais dos EUA podem prejudicar acordos multilaterais;
- Críticas diretas ao Judiciário brasileiro afetam a soberania nacional;
- A imposição de sanções pode impactar o comércio bilateral.
Em conclusão, a inclusão de Alexandre de Moraes nas críticas do governo Trump reflete uma escalada nas tensões entre os dois países. A situação merece atenção especial, especialmente em um momento em que a diplomacia internacional enfrenta desafios crescentes.