PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas: Argentina adota medida histórica contra facções criminosas

A Argentina classificou o PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas após operação no Rio que deixou 119 mortos. Saiba mais sobre as implicações.

Argentina classifica PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas

Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, anunciou formalmente a classificação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho como organizações terroristas. A decisão ocorre em resposta à megaoperação militar realizada no Rio de Janeiro, que resultou em pelo menos 119 mortes. A medida visa reforçar a cooperação internacional na luta contra o crime organizado.

Contexto da Operação no Rio de Janeiro

A operação policial, realizada há duas semanas, visava desarticular rotas de tráfico de drogas ligadas ao PCC e ao Comando Vermelho. Segundo dados oficiais, as ações resultaram em 119 mortos, incluindo suspeitos e civis inadvertidos. Além disso, foram apreendidas armas de alto calibre e grandes quantidades de entorpecentes.



No entanto, a escalada de violência gerou críticas de organizações de direitos humanos. “A resposta militar exagerada pode agravar a insegurança em vez de resolver problemas subjacentes”, destacou um relatório da ONG Transparência Brasil.

Implicações Legais e Internacionais

A classificação dessas facções como terrorismo permite que a Argentina solicite assistência jurídica e operacional a outros países. Consequentemente, a Organização dos Estados Americanos já manifestou disposição para colaborar, enquanto autoridades mexicanas anunciaram vigilância aumentada em suas fronteiras.

Portanto, a medida configura um marco na estratégia regional contra o crime transnacional. Economistas apontam que o PCC e o Comando Vermelho movimentam mais de US$ 5 bilhões anuais, segundo o Relatório de Tráfico Global 2023.



Resposta das Facções

O Comando Vermelho emitiu um comunicado ameaçando retaliações caso a Argentina execute a classificação. Já o PCC, por meio de intermediários, afirmou que a decisão é “uma provocação política”.

Em conclusão, a ação argentina evidencia a crescente gravidade da ameaça criminosa na América Latina. Analistas recomendam integração de inteligência e investimentos em prevenção social para reduzir a relevância dessas redes.