Ataque de Israel ao Catar é condenado internacionalmente e gera forte repercussão política

O ataque de Israel ao Catar gerou condenações internacionais e colocou em xeque a diplomacia no Oriente Médio. Entenda os impactos e reações globais ao evento.

O ataque de Israel ao Catar realizada na manhã de terça-feira, 9 de setembro de 2025, provocou uma onda de reações negativas em todo o mundo. O governo israelense confirmou a operação direcionada a líderes do grupo Hamas em Doha, capital do Catar, o que configurou uma clara violação da soberania territorial do país.

Reações da comunidade internacional

António Guterres, secretário-geral da ONU, condenou o ataque de Israel ao Catar de forma enfática, classificando-o como uma “violação flagrante da soberania territorial”. Além disso, ele reforçou a importância de um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.



Em uma declaração inusitada, o papa Leão XIV também se posicionou. Ele afirmou que o ataque de Israel ao Catar agravou uma “situação já muito séria” e ressaltou a necessidade de cautela diante das possíveis consequências regionais.

Países árabes e outras potências reagem

O governo do Catar, profundamente impactado pela operação, rotulou o ataque como um “ato covarde” e anunciou uma investigação sobre a violação de seu território. Além disso, o país suspendeu temporariamente seu papel como mediador nas negociações de paz entre Israel e Hamas – uma posição que vinha exercendo com relevância junto aos Estados Unidos e Egito.

Outras nações também se manifestaram:



  • Arábia Saudita: condenou o ataque como “brutal” e advertiu Israel sobre “graves consequências” caso persista com ações ilegais;
  • Egito: criticou a operação;
  • Irã: chamou o ataque de violação das leis internacionais;
  • Emirados Árabes Unidos: descreveram o ocorrido como “flagrante e covarde”;
  • Turquia: condenou a ação e acusou Israel de adotar o terrorismo como política de Estado.

Detalhes do ataque

Segundo o Exército israelense, a operação foi planejada e executada exclusivamente por Israel, em coordenação entre o Shin Bet (serviço de inteligência) e a Força Aérea. O alvo principal era uma cúpula sênior do Hamas que se reunia em Doha. Fontes israelenses apontam que Khalil Al-Hayya, negociador-chefe do grupo com Israel, pode ter sido morto no ataque – afirmação ainda não confirmada pelo Hamas.

Apesar das alegações de precisão militar, não há registros oficiais de vítimas civis até o momento. O porta-voz das Forças Armadas israelenses destacou que “medidas foram tomadas para minimizar danos a civis”.

Imagens nas redes sociais mostram fumaça densa sobre a capital catariana após as explosões, corroborando relatos de testemunhas locais.

Consequências políticas e diplomáticas

O ataque de Israel ao Catar pode ter efeitos de longo alcance na diplomacia regional. O Catar, historicamente neutro e um importante parceiro em negociações de paz, agora se vê forçado a rever sua posição diante das ações israelenses. Além disso, a operação pode enfraquecer os esforços de desescalada no conflito em Gaza.

A despeito das justificativas de segurança apresentadas por Israel, o ataque expõe o risco de alastramento do conflito para outros países do Oriente Médio. Portanto, a comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos.

Este ataque marca um novo capítulo em um dos conflitos mais complexos da atualidade, reforçando a necessidade de soluções pacíficas e multilaterais.