Ataque terrorista na Colômbia: Bomba em base militar e queda de helicóptero

O cenário atual da violência na Colômbia

O ataque terrorista que abalou Cali e a queda do helicóptero de polícia em Amalfi marcaram um novo capítulo de insegurança no país. Na quarta‑feira, autoridades confirmaram pelo menos 18 mortos e mais de 60 feridos. O presidente Gustavo Petro descreveu o dia como “um dia de morte”, reforçando a gravidade da situação.

Além disso, o ataque terrorista na base aérea Marco Fidel Suárez empregou cilindros‑bomba, causando destruição em edificações e ferindo civis. Enquanto a polícia investigava a origem dos explosivos, o prefeito de Cali ofereceu uma recompensa de 400 milhões de pesos para quem identificasse os responsáveis.

Responsabilizações e grupos envolvidos

O presidente vinculou o ataque terrorista a dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Entretanto, nenhum grupo armado assumiu oficialmente a autoria. O ministro da Defesa apontou o Exército Gaitanista da Colômbia (EGC) como possível ator no caso do helicóptero, enquanto o presidente manteve a hipótese de envolvimento de dissidentes FARC.

No entanto, especialistas alertam que a região do Vale do Cauca, onde Cali está localizada, tem sido palco frequente de conflitos entre facções paramilitares, FARC e o Exército de Libertação Nacional (ELN). Esses grupos disputam controle territorial e se beneficiam de economias ilícitas, tornando a região um ponto crítico de violência.

Impacto na política de paz e segurança

O episódio tem alimentado críticas à política de “paz total” de Petro. Enquanto o governo sustenta que a taxa de homicídios diminuiu, opositores apontam a crescente insegurança como evidência de falha na estratégia de diálogo com grupos armados. Assim, a discussão sobre segurança nacional tornou-se o foco principal das eleições presidenciais de 2026.

Em conclusão, o ataque terrorista em Cali e a queda do helicóptero revelam a fragilidade das fronteiras de segurança na Colômbia. O país precisa reforçar mecanismos de inteligência, fortalecer a presença estatal em áreas vulneráveis e garantir que a política de paz seja acompanhada de ações concretas de proteção às populações civis.