O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu a comunidade internacional ao afirmar que forças militares norte-americanas abateram três embarcações venezuelanas suspeitas de tráfico de drogas. Essa declaração intensifica o debate sobre os ataques dos EUA à Venezuela e as justificativas por trás dessas ações militares no Caribe.
Declarações de Trump sobre os ataques
Em coletiva na Casa Branca, Trump revelou: “Na verdade, eliminamos três embarcações, não duas, mas vocês viram duas.” O presidente detalhou que os navios atacados transportavam, segundo os EUA, cargas de drogas que seriam enviadas aos Estados Unidos. Além disso, Trump exigiu que a Venezuela cesse o envio de drogas e criminosos ao seu país.
O primeiro ataque ocorreu no início de setembro de 2025, resultando em 11 mortos. O segundo, no dia 15 daquele mês, deixou três mortos. Portanto, o terceiro ataque, mencionado por Trump, ainda carece de confirmação oficial por parte do governo norte-americano e venezuelano.
Mobilização militar e reações internacionais
Os ataques dos EUA à Venezuela não ocorrem isoladamente. Desde agosto de 2025, os Estados Unidos posicionaram navios de guerra, militares e caças F-35 no sul do Caribe. No entanto, especialistas questionam se essa força é compatível com uma operação contra tráfico de drogas.
No Brasil e na Colômbia, as autoridades monitoram a situação com preocupação. A Guarda Costeira venezuelana aumentou a vigilância nas costas, e aviões militares sobrevoaram os navios norte-americanos como forma de resposta. Washington, por sua vez, enviou caças F-35 à Porto Rico para reforçar sua posição.
Críticas e posicionamentos
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reagiu com firmeza. Ele acusou os EUA de planejar uma “guerra no Caribe” e afirmou que seu país se reserva o direito legítimo de defesa, conforme o direito internacional. Maduro também negou que a cocaína traficada passe principalmente pelas fronteiras venezuelanas, afirmando que o principal corredor é o Pacífico.
- Os EUA acusam Maduro de liderar o “Cartel de los Soles”;
- Especialistas alertam para violações ao direito internacional;
- Forças militares de ambos os países estão em estado de alerta.
Em nota divulgada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, especialistas declararam que “o direito internacional não permite que governos simplesmente assassinem supostos traficantes de drogas”. Eles destacaram que atividades criminosas devem ser enfrentadas por meio do Estado de Direito e de cooperação internacional.
Legislação usada pelos EUA
O governo Trump justifica os ataques dos EUA à Venezuela com base em legislações criadas após os atentados de 11 de setembro de 2001. Além disso, argumenta que as operações ocorrem em águas internacionais, o que as tornaria legalmente sustentáveis. No entanto, críticos apontam que esse precedente pode ser perigoso, especialmente em tempos de crescente tensão geopolítica.
Em conclusão, os ataques dos EUA à Venezuela representam uma escalada significativa nas relações entre os dois países. Enquanto Washington defende suas ações como necessárias para combater o tráfico de drogas, Caracas e organismos internacionais exigem transparência e respeito ao direito internacional.