Bolívia entra em crise política e econômica, pois as pesquisas de boca de urna apontam para um segundo turno entre Rodrigo Paz e Jorge Quiroga. Além disso, o cenário mostra um país cansado de polarização, pronto para mudar de rumo.
Miguel Paz: a centrista que busca renovação
Rodrigo Paz Pereira, senador do Partido Democrata Cristão, lidera com 31,3% dos votos. Ele pretende ser a alternativa moderada que pode dialogar com os setores conservadores e progressistas. No entanto, sua carreira ficou marcada por controvérsias, principalmente o caso da ponte “Puente Millonario” em Tarija. Por isso, ele acusa o MAS de perseguição política e defende a necessidade de estabilizar a economia boliviana.
Jorge Quiroga: o veterano conservador
O ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Alianza Libre, ocupa o segundo lugar com 27,3% dos votos. Ele tem forte histórico de políticas liberais e busca reduzir subsídios considerados ineficientes. Entretanto, sua participação nas negociações que levaram ao exílio de Evo Morales em 2019 o coloca sob escrutínio. Mesmo assim, Quiroga defende a abertura econômica e a modernização do Estado boliviano.
Contexto econômico e social da Bolívia
Bolívia enfrenta inflação histórica, escassez de combustíveis e fome nas cidades. Em consequência, as filas para itens básicos se tornaram símbolo do descontent popular. Por outro lado, o MAS, que governou por duas décadas, perdeu força diante das divisões internas e da impossibilidade de Evo Morales concorrer.
O que o segundo turno pode significar
O segundo turno representará um fim de ciclo: a vitória de Paz sinalizaria a ascensão de um centro reformista, enquanto a vitória de Quiroga consolidaria a direita. Em conclusão, ambos os candidatos carregam polêmicas que podem influenciar o voto final. Portanto, o eleitorato boliviano mantém as expectativas em alta enquanto aguarda o dia 19 de outubro.
- Rodrigo Paz: centrista, busca diálogo e estabilidade.
- Jorge Quiroga: conservador, defende cortes de subsídios.
- Bolívia: enfrenta crise econômica e política.
- MAS: perde protagonismo nas eleições.
- Segundo turno: em 19 de outubro.
