BRICS: Lula denuncia práticas ilegais e reforça cooperação entre os países emergentes

Na reunião dos BRICS, Lula denuncia práticas ilegais e defende cooperação entre os países emergentes contra o protecionismo internacional.

Na reunião virtual dos BRICS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a crescente pressão sobre os países emergentes por meio de práticas comerciais ilegais e chantagens tarifárias. Lula afirmou que os membros do bloco estão sendo alvo de ações unilaterais que prejudicam o comércio justo e a soberania nacional.

Chantagens tarifárias e desafios globais

Durante o encontro, que contou com a participação de líderes como China, Rússia, Índia e África do Sul, o presidente brasileiro condenou a normalização da chantagem tarifária como forma de interferência nas políticas internas de nações soberanas. Segundo ele, essas práticas estão cada vez mais comuns e afetam diretamente economias em desenvolvimento.



Além disso, Lula ressaltou que a integração financeira e comercial entre os países do BRICS oferece uma alternativa segura contra o protecionismo crescente no cenário internacional. O presidente destacou que, apenas dois meses após a cúpula realizada no Rio de Janeiro, o mundo já testemunha uma escalada de tensões comerciais, como a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

Sanções e a busca por autonomia

Para Lula, sanções secundárias restringem a liberdade dos BRICS de estabelecer relações comerciais com aliados estratégicos. Portanto, o Brasil defende uma cooperação mais sólida dentro do bloco como forma de resistência e fortalecimento conjunto.

  • Combate ao protecionismo
  • Reforço à integração financeira
  • Desenvolvimento de mecanismos de solidariedade

Política externa e soberania digital

Além das questões econômicas, o presidente expressou preocupação com a presença militar dos Estados Unidos no Caribe, classificando-a como um fator de tensão incompatível com a vocação pacífica da região. Lula também reforçou críticas à atuação de grandes empresas de tecnologia, defendendo uma governança democrática e a soberania digital como pilares para evitar manipulações externas.



Portanto, o Brasil planeja enviar ao Congresso Nacional projetos de lei que regulamentem as atividades das big techs, mesmo diante de pressões internacionais. Essa iniciativa busca assegurar que a internet continue sendo um espaço democrático e justo para todos os países.

Cooperação ambiental e clima

Em outro momento da reunião, Lula reforçou o convite aos países do BRICS para participarem do Fundo de Florestas Tropicais durante a COP 30, em Belém. Além disso, o presidente sugeriu a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, com o objetivo de unificar esforços e políticas ambientais fragmentadas atualmente.

Em conclusão, a reunião dos BRICS destacou a necessidade de uma postura unificada frente às ameaças globais, reforçando o papel do bloco como alternativa estratégica e política em um mundo em crescente instabilidade.