Caneta automática substitui foto de Biden na Casa Branca e gera polêmica

Caneta automática substitui foto de Biden na Casa Branca, em ato de crítica do governo Trump. Entenda o contexto político e as implicações dessa decisão.

O governo Trump gerou repercussão ao substituir a foto oficial de Joe Biden por uma imagem de caneta automática em uma galeria da Casa Branca. A ação, considerada uma provocação política, ocorreu na “Presidential Walk of Fame”, onde estão os retratos de todos os ex-presidentes dos Estados Unidos.

Substituição da foto vira ato de crítica política

Na nova exposição, o presidente Donald Trump aparece ao lado da caneta automática (autopen), que representa simbolicamente o antecessor. A iniciativa foi anunciada oficialmente no perfil da Casa Branca no X (antigo Twitter) e rapidamente viralizou nas redes sociais. A equipe de comunicação de Trump utilizou a oportunidade para ironizar o uso que Biden fez do dispositivo em seu último ano de mandato.



Além disso, a assessora de comunicação Margo Martin compartilhou um vídeo mostrando a instalação, com a legenda: “A Calçada da Fama Presidencial chegou na Colunata da Ala Oeste. Aguarde por isso… 🖊️👀”. A publicação deixa claro que a substituição da imagem de Biden não foi um acidente, mas uma decisão intencional do governo republicano.

O que é uma caneta automática e por que é importante?

A caneta automática — conhecida nos EUA como “autopen” — é um dispositivo que reproduz a assinatura de uma pessoa de forma autêntica. Há décadas em uso, ela permite que documentos oficiais, como decretos e perdões presidenciais, sejam assinados mesmo quando o presidente não está fisicamente presente. A ferramenta é amplamente utilizada por governos de ambos os partidos.

Apesar disso, o uso do autopen por Biden em janeiro de 2025, no fim de seu mandato, virou alvo de críticas de Trump. O republicano alega que o democrata não teve participação real nessas decisões devido a supostos problemas de saúde e declínio cognitivo. “Ele não governou nos últimos meses de seu mandato”, afirmou Trump, em resposta aos perdões concedidos a membros de sua própria família e a assessores.



Em entrevista ao The New York Times, Biden rebateu as acusações: “Eu tomei cada uma daquelas decisões. Eu simplesmente sei como ele age, então tomei conscientemente todas aquelas decisões, entre outras.” O ex-presidente destacou que o uso do aparelho foi feito após ordem verbal sua, devido ao volume de documentos que precisavam de sua assinatura.

Perdão presidencial e o escândalo envolvendo Biden

Os perdões presidenciais concedidos por Biden antes do fim de seu mandato incluíram cinco membros de sua família e diversos ex-assessores. A Constituição americana prevê esse poder como quase ilimitado, e sua aplicação é prática e discricionária. No entanto, a forma como os perdões foram emitidos, em conjunto com o uso da caneta automática, intensificou a polêmica.

Trump classificou o episódio como um “acobertamento de um dos maiores escândalos da história do país”. Além disso, o presidente nomeou a procuradora-geral Pam Bondi e o conselheiro David Warrington para conduzir uma investigação sobre o uso do autopen. O Comitê de Supervisão da Câmara também solicitou depoimentos por escrito de cinco ex-assessores de Biden.

Em conclusão, a substituição da foto de Joe Biden por uma caneta automática na Casa Branca simboliza a continuidade da polarização política nos Estados Unidos. A ação reflete a intensa disputa de narrativas entre os partidos e revela como símbolos, mesmo que simples, podem carregar significados de grande impacto político.

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