Cerrado: perda de 40 milhões de hectares em 40 anos revela estudo do MapBiomas

O Cerrado perdeu 40 milhões de hectares em 40 anos. Descubra os impactos ambientais e os caminhos para a preservação desse bioma estratégico.

Os dados mais recentes do MapBiomas revelam um quadro preocupante para o bioma Cerrado: 40 milhões de hectares de vegetação nativa foram destruídos nos últimos 40 anos. Essa perda equivale a 28% da cobertura original do segundo maior bioma do Brasil, o que coloca em xeque a preservação desse ecossistema único.

Entenda a dimensão da degradação do Cerrado

Além de abrigar uma das maiores biodiversidades do mundo, o Cerrado é fundamental para o equilíbrio hídrico do país. No entanto, a conversão de áreas naturais em pastagens e lavouras tem transformado rapidamente o cenário ambiental. Portanto, os números fornecidos pelo MapBiomas não apenas alertam para a destruição, mas também destacam a urgência de políticas de conservação.



Segundo o levantamento, a degradação tem se intensificado nas últimas décadas. Consequentemente, a vegetação nativa do Cerrado ocupa menos de 50% da área original. Esse índice demonstra que o desmatamento avançou de forma contínua, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás e Tocantins. Além disso, a expansão da fronteira agrícola, impulsionada pela soja e pela pecuária, acentuou a pressão sobre o bioma.

Por que o Cerrado é estratégico para o Brasil?

Em primeiro lugar, o bioma Cerrado é conhecido como a “caixa d’água do Brasil”. Isso porque ele abriga nascentes de importantes bacias hidrográficas, como as bacias do Amazonas, do São Francisco, do Tocantins-Araguaia, do Paraná e do Parnaíba. Além disso, o Cerrado armazena grandes volumes de carbono, ajudando a combater as mudanças climáticas. Portanto, a sua degradação afeta diretamente os ciclos hidrológicos e o clima regional.

  • Menos de 50% da vegetação original ainda existe;
  • 40 milhões de hectares destruídos em 40 anos;
  • Expansão da agricultura e da pecuária como principais causas;
  • Impacto direto no balanço hídrico e climático do país.

Quais são os caminhos para a recuperação?

Para frear a destruição, ações de conservação, restauração e fiscalização precisam ser ampliadas. Além disso, políticas públicas voltadas à proteção do bioma Cerrado devem ser priorizadas. Medidas como o cumprimento do Código Florestal e a criação de unidades de conservação são fundamentais. Portanto, a responsabilidade não é apenas do Estado, mas também de produtores rurais, empresas e sociedade civil.



Em conclusão, o alerta do MapBiomas serve como um sinal de que o bioma Cerrado precisa de atenção imediata. Se nada for feito, o Brasil perderá um dos seus maiores patrimônios naturais.