Charlie Kirk é baleado durante evento universitário nos EUA: entenda o caso

Entenda o que aconteceu com Charlie Kirk, ativista conservador baleado durante evento universitário nos EUA, e as implicações políticas do caso.

Um novo vídeo divulgado pela Reuters mostra o momento em que Charlie Kirk foi baleado durante um evento em uma universidade de Utah. O ativista conservador discursava para uma plateia quando um disparo vindo de longe atingiu seu pescoço. Apesar de imediatamente ser socorrido, ele morreu horas depois.

O que aconteceu com Charlie Kirk?

Na quarta-feira (10), Charlie Kirk participava de uma mesa de discussão intitulada “Me prove que estou errado”, quando foi atingido por um tiro que partiu, segundo a polícia, do topo de um edifício próximo. O ativista caiu da cadeira após o disparo, e várias pessoas começaram a correr em pânico.



Segundo relatos, duas pessoas foram detidas inicialmente, mas logo liberadas. O FBI assumiu a investigação e busca o verdadeiro atirador. Um vídeo publicado pelo “The New York Times” mostra uma pessoa correndo no telhado do prédio, o mesmo apontado como origem do tiro.

Momento do tiroteio registrado em vídeo

Tanner Maxwell, autor de outro vídeo do momento, relatou que só percebeu ter filmado alguém no telhado horas depois, já em casa. Além disso, ele afirmou que a situação foi extremamente assustadora. A agência Reuters também confirmou que, segundos antes do disparo, uma pessoa na plateia perguntou a Charlie Kirk sobre violência armada, e o ativista respondeu antes de ser atingido.

Quem foi Charlie Kirk?

Charlie Kirk era fundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e figura central na mobilização do voto jovem para as campanhas de Donald Trump em 2016 e 2024. Suas palestras em universidades atraíam multidões e geravam grande repercussão.



  • Fundador do Turning Point USA, com presença em mais de 3.500 instituições
  • Defensor de valores cristãos, livre mercado e do movimento MAGA
  • Criticava a esquerda e duvidava de teorias sobre o aquecimento global
  • Apoiador do direito ao porte de armas, mesmo após tragédias em escolas

Aos 18 anos, após ser rejeitado pela Academia Militar de West Point, Kirk fundou o Turning Point. Em 2016, tornou-se assessor de Donald Trump Jr. e, posteriormente, figura recorrente na Casa Branca.

Polêmicas e posicionamentos controversos

Durante a pandemia, seu perfil no Twitter foi suspenso por disseminar informações falsas sobre a Covid-19. Em 2020, questionou o resultado das eleições e ajudou a enviar manifestantes a Washington no dia da invasão ao Capitólio — embora não tenha sido investigado. Em 2023, declarou que “valia a pena arcar com o custo de algumas mortes” para manter o direito de portar armas, após um tiroteio em escola.

Repercussão política e investigações

O assassinato de Charlie Kirk reacendeu o debate sobre violência política nos Estados Unidos. Segundo a Reuters, o país vive o maior índice de violência motivada politicamente desde a década de 1970, com mais de 300 casos registrados desde janeiro de 2021.

A Universidade Utah Valley, onde ocorreu o tiroteio, divulgou nota afirmando que o evento seguiu os princípios da Primeira Emenda, mantendo o compromisso com a liberdade de expressão. Uma petição online com quase mil assinaturas pedia o cancelamento do evento, mas a instituição não cedeu.

Após a confirmação da morte, o presidente Donald Trump usou as redes sociais para responsabilizar a “esquerda radical” pelo ocorrido, alimentando temores de escalada da polarização política no país.

Enquanto o FBI investiga o caso, a sociedade americana se vê dividida diante da violência partidária e do impacto de figuras como Charlie Kirk no cenário político atual.