Cibercrime: Como a IA Transforma uma Economia Paralela de US$ 10 Trilhões

Entenda como o cibercrime movimenta US$ 10 trilhões anualmente. Dados de Tania Cosentino destacam riscos, vulnerabilidades e ações para segurança.

A Inteligência Artificial e o Cibercrime: Uma Nova Era de Riscos

O avanço da inteligência artificial generativa revolucionou o cenário de ameaças cibernéticas, transformando o cibercrime em uma economia paralela que movimenta US$ 10 trilhões anualmente. Segundo dados apresentados por Tania Cosentino, ex-executiva da Microsoft e especialista em segurança digital, essa realidade exige atenção imediata por parte de empresas e governos.

Inteligência Artificial: Um Dobro Gume na Cibersegurança

Além de empoderar defensores, a IA também acelera a sofisticação de ataques cibernéticos. Hackers utilizam ferramentas de aprendizado de máquina para automatizar ações como vishing (phishing por voz clonada) e deepfakes, tornando as ameaças mais difíceis de detectar. Portanto, a defesa passa por soluções integradas que unam IA e vigilância humana constante.



A Corrida Contra o Tempo nos Ataques

Os criminosos atuam com extrema velocidade. Dados compartilhados por Cosentino revelam que, após o acesso inicial a uma rede, os invasores levam apenas 1 hora e 12 minutos para se mover lateralmente. Além disso, 75% das organizações atacadas gastam mais de 100 dias para recuperar operações completas. Isso evidencia a necessidade de protocolos de resposta ágeis e eficazes.

Brasil: Um Alvo Estratégico no Mapa Global do Cibercrime

O país ocupa uma posição preocupante, figurando entre os 5 a 9 mais atacados globalmente. Pequenas e médias empresas (PMEs) são particularmente vulneráveis devido à falta de recursos e profissionais qualificados. A disparidade regional também é um fator: enquanto regiões como Sul e Sudeste têm maior maturidade em segurança, Norte e Nordeste permanecem expostos.

Cultura de Segurança: A Base da Resiliência

Cosentino enfatiza que a tecnologia sozinha não resolve. Processos robustos, treinamento contínuo e governança de risco são imprescindíveis. A cultura organizacional deve priorizar a segurança desde o topo, integrando princípios como Zero Trust e avaliação preditiva de ameaças. Empresas que negligenciam essas práticas correm risco de perder a confiança dos consumidores, já que 69% evitam transações com instituições inseguras.



Conclusão: Mitigação como Responsabilidade Coletiva

O cibercrime não é mais um problema técnico, mas estratégico. Com investimentos em defesa cibernética previstos para US$ 200 bilhões até 2028, a adoção de plataformas integradas e a conscientização de todos os colaboradores se tornam imperativas. Como conclui Cosentino: “Segurança é dever de todos, tanto nas organizações quanto nas nossas vidas cotidianas”.